«Que clamores selvagens a burguesia não lançaria contra a «espionagem», contra a «delação»! Quando os «senhores» controlam os criados, e os capitalistas os operários, isto é considerado dentro da ordem das coisas, a vida privada dos trabalhadores e dos explorados não é considerada inviolável, a burguesia tem o direito de pedir contas a cada «escravo assalariado», de a todo o momento tomar públicos os seus rendimentos e despesas. Mas que os oprimidos tentem controlar o opressor, pôr a claro os seus rendimentos e despesas, denunciar o seu luxo, mesmo em tempo de guerra, quando este luxo provoca de forma directa a fome e a morte dos exércitos na frente – oh, não, a burguesia não tolerará a «espionagem» e a «delação»!»
«A guerra imperialista é a véspera da revolução socialista. E isto não só porque a guerra com os seus horrores gera a insurreição proletária – nenhuma insurreição criará o socialismo se ele não estiver economicamente amadurecido -, mas porque o capitalismo monopolista de Estado é a mais completa preparação material do socialismo, é a sua antecâmera, é o degrau da escada da história entre o qual e o degrau chamado socialismo não há nenhum degrau intermédio.»