O anúncio do encerramento de agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD) por todo o País terá impactes nas populações e nos direitos dos trabalhadores. A equipa da CGD liderada por Paulo Macedo anunciou durante a apresentação do Plano Estratégico da CGD, que irá reduzir cerca de 25% das agências, num total de perto de duas centenas.
Um desses encerramentos é a agência da CGD em Colares, uma freguesia no concelho de Sintra com uma população de perto de 8.000 habitantes. O encerramento do serviço bancário constitui um grave retrocesso no processo de descentralização e proximidade dos serviços do Estado português às suas populações e por isso a CGD não se pode comportar como um banco privado. O encerramento desta agência penaliza a população da freguesia de Colares e muitas micro e pequenas empresas que aí desenvolvem a sua actividade. Também a população idosa será altamente prejudicada dado que, com baixos rendimentos e sem meios próprios de deslocação, terá de ir até Sintra para, por exemplo, levantar a sua reforma, o que acarreta custos acrescidos. A redução de serviços da CGD, a par da fuga de outros serviços públicos (como foi o caso dos CTT’s), contribuirá para dificultar a actividade económica e, por consequência, para agravar desigualdades em Colares. Sem o suporte de um banco público, esta área do concelho de Sintra dificilmente se desenvolverá e também por isso a CDU tudo fará para que a agência da CGD de Colares não encerre.