Visita à Escola Básica 2,3 – Gonçalves Crespo – 31/01/2007

A convite da Associação de Pais da Escola EB 2,3 Gonçalves Crespo, os leitos locais visitaram esta escola e têm opinião que todos os governos, ostracizaram este estabelecimento de ensino. Não olharam, acima de tudo, para os alunos, Auxiliares de Educação e Professores que a frequentam, assim como para os que por lá já passaram nestes últimos 30 anos.

O executivo entende que é tempo para dizer basta. É tempo para ser mudado o entendimento de que, por motivo da construção e manutenção destas escolas estarem fora das competências dos municípios, estes nada têm a ver com elas. Não é verdade que assim seja, pois temos que defender o que de melhor existe na sociedade: – As crianças. Os Auxiliares de Educação, os Professores e por arrastamento os pais das crianças são também directamente lesados nesta forma de tratar as questões da Educação.

Esta escola não tem tido manutenção, tem paredes com fendas, muros a cair, coberturas com placas partidas e algumas desaparecidas com o vento, sendo as mesmas produzidas com amianto, material cancerígeno, entra chuva nas salas de aula, algumas delas fechadas por terem cheiros nauseabundos, outras com grandes buracos, portas partidas, chove na biblioteca e no gabinete de audiovisuais, algerozes entupidos, as casas de banho com buracos a rivalizarem com os das sanitas, um refeitório com condições de segurança e higiene fora da Lei, o que leva a que poucos lá tomem as suas refeições em virtude de os encarregados de educação recearem que os seus filhos sejam prejudicados.

Por estranho que pareça e ao contrário do que diz a Senhora Ministra da Educação, é o excelente corpo docente, com verdadeiro espírito de missão, que garante as condições sofríveis para que lá se ministre saber. Uns pagam totalmente do seu bolso para criarem as condições que têm dentro da sua sala de aula, outros quotizam-se para em conjunto adquirirem o que necessitam, todos fazem pela vida para resolver uma situação que é da responsabilidade do Estado como diz a Constituição da Republica.

O meio social em que esta escola está inserida é difícil, mas o que encontramos não é principalmente resultado de vandalismo, é sim resultado do abandono, da falta de investimento financeiro e falta de vontade política.

Por tudo o que acima se refere, este executivo municipal exige a adopção de medidas urgentes para resolver de imediato os problemas mais significativos que garantam as condições mínimas de segurança, bem estar e de ensino à população estudantil desta escola, sem prejuízo de ser encontrada com a maior urgência possível a solução definitiva deste grave problema.