A Escola Máxima Vaz vai perder a sua autonomia. Foi isto que o Ministério da Educação decidiu ao arrepio de tantas opiniões fundamentadas e contrárias a esta decisão.
Não se escutam os interessados, não se ponderam os contras, não se avalia uma situação que já deu mais que provas de estar no caminho certo. Não se respeitam aqueles que, no dia a dia, fazem desta Escola um espaço de aprendizagem global que há muito se conhece. Nada nem ninguém lhes merece qualquer consideração. O Ministério é o Senhor da verdade absoluta. Estão sempre certos, nunca se enganam, e decisões governamentais não se discutem.
Integra-se uma Escola com 360 alunos num Agrupamento cuja dimensão dispara para 1239 alunos.
E contrariando todos os preceitos democráticos de parceria e respeito pelo outro, dita-se uma ordem sem esperar que a Junta de Freguesia e a Câmara se pronunciem, como se estes órgãos autárquicos não tivessem um papel relevante sobre este assunto tão delicado e importante para a vida desta comunidade educativa. Será bom lembrar que neste nível de ensino estão definidas à Autarquia responsabilidades muito concretas.
Foi pedido à Câmara, por parte do Ministério, um parecer sobre esta questão, não sabemos se no campo da legalidade, o Ministério pode avançar com esta decisão sem esperar pelo parecer da Autarquia.
Antidemocrático é com certeza, não prima pelo respeito e convivência democrática que deve estabelecer com os outros parceiros.
Não vamos falar do projecto educativo nem de tantas actividade, agora chamadas AEC, que já se desenvolvem nesta escola muito antes deste 1º Ministro ser o que é.
Não vou falar da participação em várias actividades e da constituição de parcerias com outras instituições nos mais diferentes projectos. Não vou falar do bom relacionamento entre a escola e toda a comunidade educativa e o papel que a Associação de Pais vem desenvolvendo numa escola que lhe transmite confiança e os aceita como parceiros fundamentais.
Mas não podemos esquecer o contributo relevante que todos reconhecem na colaboração e participação desta escola nas mais variadas actividades desenvolvidas a nível local. E é esta participação tão relevante e tão forte que levou a Sr.ª Presidente a classificar a Escola Máxima Vaz com uma escola colorida.
Em 2011 vão abrir novas escolas, que vão forçar a novos ajustamentos, pensamos que será o momento para se repensar este modelo de Agrupamento, e se é por aqui que as escolas querem caminhar. Esta atitude de obrigar as escolas a constituírem-se em Agrupamentos leva-nos a pensar que antes, era o “Deserto” expressão tão em moda nesta nova classe politica.
Como tudo o que está a acontecer neste país nivela-se por baixo. Funciona bem e há resultados mas isso não conta. São os Agrupamentos porque sim. Critérios científicos e razões pedagógicas não as encontro, nunca acreditei que a força fosse mais forte que a razão. É o socialismo no seu esplendor.
E porque não acreditamos que tudo esteja irremediavelmente perdido, trazemos a esta reunião de Câmara este assunto que nos merece uma atenção especial.
Odivelas, 6 de Junho de 2007
Os vereadores da CDU