Questões sobre Caneças – 20/04/2006

PONTO 1 DA ORDEM DE TRABALHOS – Algumas questões sobre Caneças

O Terminal da Rodoviária, está concluído, mas agora falta resolver a ligação à EN-250, facto que impede que este equipamento seja activado.

  • Porque não se deu início à negociação, em tempo útil, do terreno que falta para permitir o alargamento da entrada na EN-250?
  • Com isto tudo já lá vão 6 meses que a obra está parada e sem este equipamento não é possível a RL dar início à carreira urbana.

Os bairros da Serra Chã, Fonte Santa, Vale Covo e Carrascais, aguardam a construção de um emissário para ali ligarem os seus esgotos.

  • Para quando a construção deste emissário de esgotos domésticos, entre a EN-250 e o Vale Covo? É que, enquanto este não for construído, aqueles bairros continuam a drenar para a linha de água que corre a “céu aberto” pela ribeira e caminho público, por onde circulam obrigatoriamente as pessoas e crianças a caminho da escola. É uma situação injusta e indigna às portas da capital!

Enquanto a CMO e os SML negoceiam quem constrói o emissário, há quem tenha feito ligações clandestinas às redes construídas pelos bairros, sem a necessária fiscalização.

O Parqueamento da Rua Olivença, em Caneças, para libertar o trânsito da Escola Preparatória e do Campo de Futebol, prometido para o verão de 2003, tarda em ser concluído e posto ao serviço da população. Os moradores e os utentes da escola, estão cansados de esperar por promessas que tardam em ser cumpridas e, não se compreende porquê. Será que há alguma razão que se desconheça e que justifique este tamanho atraso?

Numa das últimas reuniões de Câmara, veio intervir um cidadão do bairro do Monte Verde, em Caneças. Terá feito acusações graves!

Gostava de saber que o que ali foi dito não tinha razão de ser, mas espero para ver o resultado de algumas acusações feitas, como por exemplo, a eventual passagem de licenças de habitação, sem o processo estar concluído.

É preciso não esquecer que naquele bairro existem dois loteamentos licenciados, com os quais a Câmara tem a obrigação de não deixar que os seus responsáveis se limpem das obrigações que têm para com o bairro e a autarquia.

Escola EB 1 – Caneças

No passado dia 7 de Abril de 2006, na sequência de uma chamada urgente de intervenção, e continuando o trabalho de visitas às escolas primárias de freguesia, visitámos a Escola EB1 de Caneças, acompanhados pela coordenadora da escola, Presidente do Agrupamento de Escolas e um técnico do município.

Constatámos situações insuportáveis como:

  • salas completamente degradadas, com infiltrações, humidades e um constante cheiro nauseabundo;
  • janelas em estado lamentável, sem possibilidade de afinação por parte da Junta de Freguesia, estão muito degradadas e não oferecem qualquer tipo de segurança para a escola;
  • as chuvas e ventos rigorosos que se fizeram sentir nos dias anteriores, pressionaram aquelas velhinhas janelas e as salas inundaram de água, com perigo da mesma chegar à electricidade das tomadas ou aquecedores;
  • a tinta das paredes já não adere, o seu aspecto é degradante, aliás, todo o edifício carece de pintura;
  • as portas das salas de tão velhas, mal fecham e não aceitam qualquer tipo de conservações, a principal, nem segurança oferece;
  • o chão das salas, em tacos, está totalmente putrefacto.

É necessário e urgente a intervenção do Município!

Estas obras que agora estamos a falar, bem podiam ter sido evitadas se a Câmara tivesse cumprido com o seu plano de actividades, com previsão de construção de uma nova escola em 2005/2006, equipada com refeitório e Jardim de Infância, mais salas de aula para que os alunos não tivessem que se submeter ao regime duplo, onde os professores e o pessoal de apoio tivesse o seu espaço. Nesta escola não há nada disso.

Certamente que se prepara o Governo para fechar muitas escolas com muito melhores condições que esta, no centro da vila de Caneças.

Mais grave é que a CMO se prepara para aprovar um orçamento que prevê gastar neste ano 5000 euros num projecto que não tem previsão de construção. Não podemos prometer quando nos convém para logo de seguida esquecer a promessa. Não aceitamos este tipo de comportamento.

Exigimos que se reveja esta situação e que se construa este equipamento o mais rápido possível, para acabar com a desigualdade de tratamento e de condições dos alunos no nosso concelho.

Odivelas, 20 de Abril de 2006

Armindo Fernandes, Presidente da Junta de Freguesia de Caneças e Deputado Municipal da CDU