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Arquitectura e Revolução

arq1O sub-sector dos Arquitectos está a organizar o ciclo “Arquitectura e Revolução” no terraço do CT Vitória, sempre à Sexta-Feira, pelas 21h30. Dia 3 de Maio foi a vez de abordar “As Operações SAAL” e a política de habitação do Portugal de Abril. O debate contou com António Madureira, Arquitecto, e José Manuel Baptista Alves, Coronel do MFA.

 Criado com o intuito de dar apoio às populações que se encontravam alojadas em situações precárias, o SAAL – Serviço de Apoio Ambulatório Local – foi criado em 31/7/1974 e extinto em 31/10/76, tendo sido lançadas, durante a sua existência, 170 operações em todo o país, que envolveram 41.665 famílias. O SAAL visava apoiar os moradores que viviam em más condições de habitação e que, por iniciativa própria – normalmente por via de Comissões de Moradores e/ou de Cooperativas de Habitação – procuravam construir casas com condições de habitabilidade dignas.

O apoio técnico e financeiro era prestado pelosarq2 serviços e técnicos do SAAL. O serviço estava estruturado em brigadas técnicas de intervenção, cuja missão era a de acompanharem de perto todo o processo de construção ou de reconstrução de habitações. Alguns dos projectos mais conhecidos foram o Bairro da Bouça, no Porto, a Meia-Praia, em Lagos, e o Bairro da Liberdade, em Lisboa. As operações SAAL assumiram, neste contexto, uma enorme importância e envolveram nomes da Arquitectura como Siza Vieira, Manuel Vicente ou Souto Moura, entre outros.

O ciclo continua. A sessão de dia 10 é dedicada a Oscar Niemeyer, com “A vida é um sopro”. Dia 17 serão abordados os “Espacios inacabados” da Revolução Cubana.