Não à Privatização da TAP
A TAP é uma importante empresa do sector empresarial do Estado, com o capital na totalidade detido por este. É uma empresa aérea de bandeira, com grande prestígio mundial, granjeado à custa do elevado profissionalismo e competência dos seus trabalhadores, com um papel determinante na ligação regular entre o continente e as Regiões Autónomas, nas ligações aéreas entre Portugal e os países onde se concentram grandes comunidades de portugueses e nas ligações aéreas entre Portugal e os países de expressão oficial portuguesa.
A TAP tem sido gerida por sucessivas administrações, com o objectivo político dos governos do PS e do PSD, sozinhos ou com o CDS/PP, da sua privatização e entrega ao grande capital.
Se tal tivesse acontecido com o negócio com a Swissair, a que o governo do PS obrigou, então a TAP já teria desaparecido, “engolida” com a falência daquela empresa.
Entretanto a gestão da TAP tem-se caracterizado praticamente pelo “congelamento” dos salários dos trabalhadores e pela sua segmentação, com o objectivo da privatização.
Foi assim que se deu a cisão do Handling da TAP (assistência em aeroportos), criando a empresa Serviços Portugueses de Handling, SA (SPdH), em que o capital maioritário é da Globalia (empresa espanhola), com 50,1%, a qual presta um serviço de má qualidade, com recurso à precariedade, com má gestão, elevados ritmos de trabalho, etc.
A TAP decidiu recentemente comprar a Portugália, empresa pertencente ao grupo Espírito Santo e em grave situação financeira, medida que mereceu a reprovação da CT da TAP, uma vez que a situação financeira desta não o aconselharia.
Esta compra destina-se apenas a criar melhores condições para ser mais aliciante no processo de privatização.
Apesar de tudo isto os resultados da TAP têm-se mostrado positivos, comprovando ser o seu estatuto de empresa pública muito importante, quer do ponto de vista dos seus resultados, quer do ponto de vista estratégico e da independência nacional.
A privatização da TAP insere-se numa estratégia do grande capital transnacional de não haver na Europa mais do que 4 ou 5 empresas.
A TAP correria o risco de vir a ser uma pequena companhia de âmbito regional!
É fundamental continuarmos o esclarecimento, a denúncia e a luta contra a privatização da TAP!
Boletim Informativo – Maio 2007 – Organismo de Direcção do Sector dos Transportes da OR Lisboa do PCP