PCP exige imediata devolução do material roubado com escolta policial
Na madrugada de hoje, 12 de Outubro, o Administrador da Insolvência da TNC, utilizando um gigantesco aparato policial, composto por 200 homens, 10 carrinhas e 8 reboques, assaltou as instalações de Alverca da Empresa e os camiões estacionados no Campus da Justiça, além dos bens pessoais dos trabalhadores que se encontravam dentro dos camiões.
Esta actuação seria sempre condenável. Mas esta manhã os trabalhadores divulgaram o despacho do Tribunal do Comércio de Lisboa, datado de ontem, do qual tinha sido notificado imediatamente «e pelo meio mais expedito o Sr. Administrador da Insolvência». Este despacho determina «a suspensão da liquidação e partilha até à realização da assembleia de credores designada para o próximo dia 5.12.2011».
Ou seja, o corpo policial agiu com base num mandado judicial que estava já anulado, e contra o mandado judicial em vigor. O corpo policial foi usado num roubo à TNC que pode, de acordo com o próprio despacho de ontem do Tribunal, colocar em «risco a execução do plano».
O Governo não pode lavar as mãos deste processo. A força policial foi utilizada para desrespeitar um mandado judicial, para reprimir trabalhadores, para um roubo!
Assim, o PCP:
1. Exige que o Governo adopte as imediatas medidas necessárias e que sejam devolvidos à TNC os camiões roubados com escolta policial.
2. Exige o apuramento das responsabilidades políticas por este procedimento policial.
3. Saúda a luta dos trabalhadores. Foi a luta que conseguiu que esteja finalmente marcada uma Assembleia de Credores para aprovar um plano de viabilização da TNC.
4. Apela aos trabalhadores da TNC para prosseguirem a sua luta, levando esta importante vitória até à conquista do objectivo de reabertura da TNC.
5. Apela a todos os trabalhadores portugueses para uma activa solidariedade com esta luta, valorizando a actuação solidária, firme e rápida dos dirigentes dos Sindicatos da USL/CGTP-IN durante os acontecimentos da madrugada de hoje e na concentração de protesto desta manhã frente ao Ministério da Economia.
Com a luta dos trabalhadores, derrotando estas políticas, Portugal tem futuro!
O Executivo da Direcção Regional de Lisboa do