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PCP sobre o encerramento parcial da linha amarela

O PCP tomou posição pública contra os serviços alternativos disponibilizados pelo Metro para compensar o encerramento parcial da linha Amarela. Nessa nota destaca a diminuição do acesso ao transporte público por 6 meses para milhares de utentes e a situação particularmente grave para os utentes da Cidade Universitária.

O PCP sublinha ainda o contraste entre os “serviços mínimos” impostos aos trabalhadores em greve (por exemplo ainda na última greve geral) e os “serviços mínimos” para uma situação como as obras agora a realizar na linha amarela. Um contraste que não deixa dúvidas sobre o carácter ilegal e atentatório do direito à greve dos chamados “serviços mínimos”.  

Alerta aos Utentes do Metropolitano de Lisboa
PCP exige que o serviço alternativo ao Metro vá à Cidade Universitária

O Conselho de Gerência do Metropolitano de Lisboa, com a cobertura do governo do PS, anunciou que a partir do dia 23 Julho encerra a Linha Amarela a partir das 22.50 horas, no troço entre as estações Cidade Universitária e Rato, por um período de cerca de seis meses para a realização de trabalhos de intervenção no túnel entre Picoas e o Marquês de Pombal.

Para o PCP as intervenções de manutenção e segurança são indispensáveis. Mas quando daí derivam interrupções que colidem com o serviço público que é prestado aos utentes e às populações, tais interrupções devem ser compensadas com a disponibilização de serviços alternativos que permitam aos utentes a necessária mobilidade.
No entanto, o que se verifica é que os serviços alternativos que o Metropolitano previu ficam muito aquém das necessidades. Com efeito, a empresa previu, a partir das 22:50 horas, serviços alternativos de transporte rodoviário à superfície, assegurados pela Carris. Mas tais serviços correspondem a três carreiras de autocarros da Carris e mais um serviço disponibilizado pelo Metro, em autocarros.

Medida muito prejudicial a todos os utentes habituais
da estação do Metro da Cidade Universitária

Sobre isto importa deixar claro que uma das carreiras de autocarro só funciona até às 24:00 horas e não até à 01:00 hora (que é o horário do Metropolitano) e, mais grave, nenhuma dessas carreiras serve a Cidade Universitária propriamente dita. Esta é uma situação já por si inaceitável e que se tornará ainda mais grave com o regresso de milhares de estudantes às aulas em Setembro.
Estamos pois perante mais uma medida claramente prejudicial para os utentes, insuficiente ao nível dos serviços alternativos, e que vai penalizar os utentes do Metropolitano no mínimo até Janeiro de 2008. A este nível merece natural referência a Cidade Universitária, uma área que, pelas suas características, exige até especiais cuidados na planificação destas medidas, tendo em conta a própria segurança dos utentes.
A este propósito, o PCP não pode deixar de recordar que, aquando da Greve Geral de 30 de Maio passado, a Administração do Metropolitano considerou indispensável que duas das quatro linhas da rede se mantivessem em pleno funcionamento. De tal modo que assim considerou (de forma totalmente abusiva) estas duas linhas como “serviços mínimos”.

Serviço reduzido até 2008

Agora, durante seis meses, o serviço de transporte prestado por esta empresa é gravemente reduzido e os transportes alternativos são francamente insuficientes, numa clara demonstração do carácter instrumental das preocupações manifestadas no passado sobre os “serviços mínimos” a garantir aos utentes.
O PCP já questionou o governo sobre esta situação através de requerimento e exige o reforço do serviço alternativo e a sua passagem pela Cidade Universitária, servindo a população estudantil e trabalhadores das Universidades aqui localizadas e o Hospital de Santa Maria.