Os patrões deste sector e os patrões em geral tendem a achar que democracia termina nos portões das suas empresas, este é só mais um exemplo disso mesmo. Quando a Loomis quis retirar unilateralmente o subsídio de deslocação, os trabalhadores não aceitaram e resistiram, fazendo valer os seus direitos. A Loomis o que fez foi despedir aqueles que não aceitaram a retirada do subsídio de deslocação, ou seja, os trabalhadores que deram a cara e que lutaram estão agora a enfrentar um despedimento coletivo, entre eles, dirigentes e delegados sindicais do STAD. Este despedimento totaliza 30 trabalhadores a nível nacional, incluindo o encerramento da delegação da empresa, em Coimbra.
A empresa aproveitou-se da pandemia, do sentimento de resignação e do medo para alegar razões económicas para o despedimento, e agora com toda a prepotência procura obrigar os trabalhadores a grandes deslocações e a trabalhar um grande numero de horas.
Mas a resposta é de luta, através de greves às horas extraordinárias e greves de 24 horas, tendo a última, no passado dia 4, terminado com uma concentração à porta da sede da empresa, sendo já a segunda no período de um mês.
Uma delegação do PCP esteve na concentração em solidariedade com os trabalhadores, onde pode conhecer mais detalhadamente a situação, mas também o sentimento de camaradagem e combatividade dos trabalhadores grevistas em luta contra este injusto despedimento, contra a retirada de direitos, contra a resignação e o medo.
O PCP estará sempre ao lado dos trabalhadores, solidário com sua luta e determinado a apoiar aqueles que não se resignam.