«Porque para a social-democracia as eleições não são uma operação política particular, uma caça aos mandatos ao preço de quaisquer promessas ou declarações, mas apenas um pretexto particular de agitação pelas reivindicações fundamentais e pelos fundamentos da filosofia política do proletariado consciente.»
«O filisteu satisfaz-se com a verdade indiscutível, sagrada e oca de que não é possível saber antecipadamente se haverá revolução ou não. Mas o marxista não se satisfaz com isso; ele diz: a nossa propaganda e a propaganda de todos os operários sociais-democratas é um dos factos que determinarão se haverá revolução ou não. As centenas de milhares de grevistas políticos, os elementos de vanguarda das diferentes unidades do exército, perguntam-nos a nós, ao nosso partido, para onde devem avançar, em nome de quê devem insurgir-se, o que devem procurar alcançar, se se deve ampliar o ascenso que se iniciou até à revolução ou orientá-lo para a luta por reformas. A social-democracia revolucionária deu uma resposta a essas perguntas, que são um bocadinho mais interessantes e importantes do que as incertezas filistinas e trotskistas: quem sabe se haverá revolução ou não?»