Preso em 1934 passou pelas prisões de Peniche e Angra do Heroísmo antes de ser transferido em 1936 para o Campo de Concentração de Tarrafal donde saiu em 1940.
Participante destacado na reorganização de 1940/41, Sérgio Vilarigues passou à clandestinidade em 1942 onde se manteve ininterruptamente até Abril de 1974.
Eleito para o Comité Central no III Congresso em 1943, foi responsável, entre outras tarefas, pela Organização Regional do Algarve, do Sul do Tejo, do Norte, das Beiras e de Lisboa.
Foi responsável directo da imprensa do Partido, em largos períodos entre 1947 e 1972, perfazendo um total de 16 anos.
Membro do Secretariado do Comité Central do PCP desde 1947 foi desde o V Congresso sucessivamente reeleito para o Comité Central do PCP, para a Comissão Política e o Secretariado, tendo deixado de pertencer a estes organismos executivos em 1988, quando passou a integrar a Comissão Central de Controlo e Quadros.
Sérgio Vilarigues assumiu importantes responsabilidades ao nível dos organismos executivos do Comité Central. Foi responsável pelas relações internacionais do PCP tendo desempenhado tarefas de grande importância e significado histórico de que é exemplo a sua presença na proclamação da independência de Angola em 11 de Novembro de 1975.
Na sua condição de resistente antifascista e tarrafalista participou recentemente, a convite do governo de Cabo Verde, nas comemorações que assinalaram os 70 anos da abertura do Campo do Tarrafal.
Um dos mais destacados exemplos da resistência ao fascismo, da luta pela liberdade, democracia e transformações revolucionárias de Abril, Sérgio Vilarigues era um exemplo de relacionamento fraterno e profundamente humano, associado a uma inquebrantável combatividade e firmeza na luta política.