O Executivo da DORL do PCP emitiu uma Nota de Saudação aos Trabalhadores da ValorSul onde expressa a sua total solidariedade com a justa luta que travam. Paralelamente, o PCP de Setúbal, não apenas se solidarizou publicamente com a luta dos trabalhadores da ValorSul, como denunciou as manobras do Governo PS e de António Costa (CML), que impuseram a utilização do aterro da AmarSul para receber o lixo que devido à greve não podia ser enviado para a ValorSul, e isto apesar da frontal oposição dos presidentes de Câmara da Margem Sul.
Veja o conjunto destas três notas em Ler Mais.
Aos trabalhadores da Valorsul
No momento em que os trabalhadores da Valorsul enfrentam mais uma etapa da luta em defesa dos seus direitos, o Executivo da Direcção da Organização Regional de Lisboa expressa a sua firme solidariedade. Os trabalhadores e as suas estruturas representativas sabem que só pela sua luta organizada têm possibilidade de defender e alargar os seus direitos, nomeadamente o direito à livre negociação colectiva e à efectiva prática dos acordos em vigor.
Saudamos a coragem e determinação dos trabalhadores da Valorsul que, ao não aceitarem a imposição ilegal de serviços mínimos que o Governo e a administração da empresa desejavam impor, deram um enorme contributo para a defesa do direito à greve, da Constituição da República e da democracia.
Contem, como sempre, com a solidariedade activa do PCP
Viva a luta dos trabalhadores
O Executivo da Direcção Regional de Lisboa do PCP
20 de Setembro de 2007
Aos Trabalhadores da ValorSul,
Caros amigos,
O Executivo da Direcção da Organização Regional de Setúbal do Partido Comunista Português saúda a luta dos trabalhadores da ValorSul, manifestando a sua solidariedade, certos de que é pela luta organizada que os trabalhadores portugueses verão respeitados e ampliados os seus direitos.
Sempre ao lado de quem trabalha, o PCP pauta a sua acção pela defesa firme e coerente dos seus ideais, projecto e princípios, nas lutas como nas instituições. Quando contactados hoje mesmo sobre a possibilidade de os resíduos acumulados em consequência da greve dos trabalhadores da ValorSul serem depositados no aterro da AmarSul, os eleitos comunistas da Península de Setúbal pronunciaram-se pelo respeito do direito constitucional à greve. Foram os representante do Governo do PS, em maioria nesta empresa multimunicipal, quem impôs a sua vontade.
O Executivo da DORS do PCP sublinha nesta ocasião a sua opção pelos sistemas intermunicipais, considerando que é este o modelo que está em condições de melhor defender os interesses e os direitos dos trabalhadores e das populações.
Setúbal, 19 de Setembro de 2007
O Executivo da DORS do PCP
NOTA DE IMPRENSA
PCP denuncia utilização dos aterros da AmarSul para pôr em causa o direito à greve dos trabalhadores da ValorSul
Em declarações proferidas hoje aos microfones da TSF, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, afirma estar a resolver o depósito de resíduos de municípios do distrito de Lisboa no aterro da AmarSul, na Península de Setúbal, com a suposta concordância dos municípios da região. António Costa omite que os contactos feitos pela AmarSul receberam como resposta dos municípios da Península de Setúbal a defesa dos direitos dos trabalhadores da ValorSul que estão em greve, suscitando as maiores preocupações sobre o depósito de lixos de outras regiões nestes aterros, tendo em conta os seus impactos nas populações.
As informações de que dispomos revelam que Lisboa e Amadora estão a depositar lixos no aterro da AmarSul, com autorização expressa do Ministério do Ambiente, impondo tal decisão aos municípios da Península de Setúbal e aos seus representantes. Sabemos também que já há outros pedidos dos municípios de Vila Franca de Xira e Loures.
Importa lembrar que a AmarSul é uma empresa multimunicipal, cujo accionista maioritário é o próprio Estado, através de uma empresa pública.
A propósito destes acontecimentos, o Executivo da Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP, dirige uma primeira palavra de apoio aos trabalhadores da ValorSul em luta e manifesta o seu repúdio pelas atitudes do Governo, da AmarSul e das Câmaras Municipais de Lisboa, Amadora, Loures e Vila Franca de Xira que, com o objectivo de derrotar os trabalhadores em luta, se ingerem na gestão da AmarSul, tratando os municípios de Setúbal como se de um quintal seu se tratasse.
O respeito pelos direitos dos trabalhadores em greve, bem como a defesa do meio ambiente, exigem maior ponderação e bom senso na tomada de decisões. Os aterros sanitários têm anos de utilização previstos, calculados de acordo com a previsível produção de lixos da população residente. Não podemos deixar de manifestar preocupação com atitudes que põem em causa o tempo de duração dos aterros.
O Executivo da DORS do PCP