Lutar contra a repressão nos SMAS de Loures

O Executico da DORL do PCP tomou posição sobre o processo disciplinar dos SMAS de Loures a um dos seus trabalhadores por este se ter recusado a desrespeitar a greve na empresa Valorsul. O PCP expressa a sua solidariedade activa comeste trabalhador vítima deste processo, exige o imediato arquivamento do processo e expressa a confiança que a unidade e
solidariedade entre os trabalhadores os conduzirão à
vitória em mais esta batalha.

Nota de Imprensa
Aos Órgãos de Comunicação Social

Sobre o processo disciplinar dos SMAS de Loures a um dos seus trabalhadores na sequência da greve na empresa Valorsul

Tendo tomado conhecimento que a Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do concelho de Loures levantou um processo disciplinar a um dos seus trabalhadores na sequência de este se ter recusado a desrespeitar a greve na empresa Valorsul, o Executivo da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP considera:

1 – O levantamento deste processo disciplinar – a um único trabalhador, quando não existe qualquer justificação para o diferenciar das centenas de outros trabalhadores dos municípios de Loures, Lisboa, Amadora, Oeiras e Vila Franca de Xira que no decorrer dos dias de greve na empresa Valorsul mantiveram o mesmo digno comportamento – constitui um vergonhoso acto de tentativa de punição que visa a instauração de um clima de medo e uma deplorável e falhada expectativa de quebrar os elos de solidariedade entre trabalhadores.

2 – Depois de ter saído derrotado – apesar de ter usado de todos os meios, incluindo a repressão das forças de segurança, procurando obrigar à cedência dos trabalhadores da Valorsul que defendiam o direito à negociação colectiva e à aplicação do Acordo de Empresa – o Governo PS serve-se agora da autarquia de Loures para procurar vingar a sua derrota, demonstrando assim a incapacidade de conviver com a democrática e livre acção dos trabalhadores e das suas estruturas representativas e a falta de qualquer pejo na coacção dos direitos dos trabalhadores.

3 – Os trabalhadores dos diversos municípios que naqueles dias optaram por não entrar nas instalações de uma empresa cujos trabalhadores estavam em greve respeitaram a Lei da Greve e o espírito da Constituição da República, cumpriram o seu dever de zelo dos equipamentos dos municípios e simultaneamente de defesa do meio ambiente pois sabiam que não estavam reunidas as condições de segurança necessárias, nem ser o aterro de Matos da Cruz destinado ao depósito de residos urbanos.

4 – O Executivo da DORL do PCP manifesta a total solidariedade para com o trabalhador sobre o qual recai o processo disciplinar e considera que apenas o recuo completo dos SMAS de Loures e o arquivamento do respectivo processo disciplinar pode ser um desfecho aceitável. Acrescenta ainda a afirmação da sua confiança na unidade e solidariedade entre os trabalhadores que certamente conduzirão à vitória em mais esta batalha.

20 Março de 2008

O Executivo da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP