PCP PROTESTA
contra a manipulação e discriminação
no Público, Diário de Notícias e Jornal de Notícias
A cobertura do primeiro dia de Campanha (30 Janeiro) fica marcada, nos três jornais referidos, pela total manipulação da verdade. O ditado popular – Não há maior cego que aquele que não quer ver – é totalmente confirmado pela prática editorial destes três órgãos de Comunicação Social.
Vamos aos factos:
1. A iniciativa de campanha do PCP não existiu!
No dia 30, o Secretário Geral do PCP participou e interveio numa acção de esclarecimento, que do Chiado à Rua Augusta, marcou a abertura da campanha oficial por parte do PCP. Iniciativa que contou com a presença de centenas de activistas. Uma iniciativa animada e mobilizadora. Os Jornais conheciam, e até estiveram jornalistas presentes na iniciativa.
Decidiram nada publicar. Decidiram desinformar!
2. A maior iniciativa da campanha também não existiu!
No mesmo dia 30, o movimento unitário “Em Movimento pelo SIM!” promoveu um acto no Forum Lisboa, que encheu, mobilizando mais de mil cidadãos. Foi apresentado por José Carlos Malato, e contou com a participação cultural de artistas como Paulo de Carvalho.
Decidiram nada publicar. Decidiram desinformar!
3. A Arruada dos 5 Movimentos é deturpada nos seus objectivos e composição
No mesmo dia 30, os 5 Movimentos unitários pelo SIM promovem uma acção de campanha na Baixa de Lisboa, que contou com a presença de algumas dezenas de activistas. Os organizadores até informaram que os objectivos da iniciativa e o horário escolhido não eram de fazer uma grande arruada. Nada adiantou. Os mesmos que decidiram que a grande acção de massas que o PCP promoveria no mesmo local, apenas umas horas depois, não existia, decidiram transmitir uma imagem negativa desta iniciativa unitária porque não tinha uma grande expressão de massas.
E apesar de saberem tratar-se de uma iniciativa unitária, logo participada por activistas sem partido e outros oriundos de diversos partidos, lá vão à procura de informar da presença de militantes partidários. O Público e o Diário de Notícias encontrou-os do PS, do PSD e do BE. O JN só do PS. Dos militantes do PCP é que nem rasto – desinformando por omissão.
4. O JN e a campanha dos Partidos
Não contente com as discriminações anteriormente apontadas, o JN ainda arranja espaço para uma pequena notícia sobre “já os partidos”. Para falar de Sócrates e Marques Mendes e destacar Ribeiro e Castro.
Concluindo:
5. O Público, o DN e o JN tentaram manipular os seus leitores:
Porque omitiram a presença do PCP na Campanha, quer na vertente da sua presença e campanha própria, quer na presença dos seus militantes no movimento unitário.
Porque omitiram as grandes iniciativas de massas realizadas no dia 30, mas sublinharam a pouca expressão de massas da que escolheram relatar.
Porque fecharam os olhos à confiança, à alegria e determinação de duas grandes iniciativas de massas, para poderem mais facilmente concluir, o que de antemão estava decidido: a campanha morna do SIM.
6. Contra a manipulação: resistir com confiança!
Perante este quadro, quando ainda vamos no primeiro dia de campanha, a Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP:
– Exige o fim das manipulações por parte dos responsáveis editoriais destas três publicações.
– Apela aos jornalistas que resistam à manipulação editorial, apesar das condições cada vez menos democráticas em que são forçados a exercer a sua profissão.
– Reafirma a sua confiança que os trabalhadores e a população do Distrito de Lisboa saberão vencer todas as manipulações, e que no dia 11, uma vigorosa e determinada votação no SIM dará o contributo indispensável à vitória no referendo pela despenalização da IVG.
E para essa votação darão os militantes comunistas uma poderosa contribuição, nos seus locais de trabalho, de estudo, de residência, em grandes acções de massas ou pequenas acções de esclarecimento. Usando o máximo da sua criatividade e energia.
Realidade objectiva e determinante que a manipulação não anula, para grande irritação dos manipuladores.