Relançar o desenvolvimento no nosso concelho

Jerónimo de Sousa não pôde participar (por se encontrar em Belém reunido com o Presidente da República), mas o almoço da CDU previsto para Alverca com pequenos e médios empresários do concelho de Vila Franca de Xira realizou-se na mesma, com a participação de dezenas de industriais e comerciantes. Alguns eram militantes comunistas e activistas da CDU. Mas a maioria eram empresários seriamente preocupados com a sua sobrevivência que vêem na CDU uma força fundamental para a melhoria da sua vida.

 

Como afirmou um pequeno industrial vidreiro da freguesia de Vila Franca de Xira, o encerramento de grandes unidades fabris do concelho prejudicou seriamente os pequenos empresários. Em lugar as grandes fábricas, lembrou, surgem centros comerciais e armazéns, marcados pelos baixos salários e mão-de-obra pouco qualificada. O poder de compra do concelho diminuiu (o que as estatísticas oficiais comprovam), o que não pode deixar de ter sérias consequências no comércio tradicional.

Pegando nesta «deixa», o candidato da CDU à Câmara Municipal, Nuno Libório, garantiu que com a CDU será lançado um «novo ciclo de desenvolvimento do concelho de Vila Franca de Xira». À desindustrialização promovida pelo PS nos últimos 12 anos, a CDU contrapõe o reforço da presença industrial. Se onde antes esteve a Mague está hoje uma urbanização, a coligação pretende impedir que suceda o mesmo à Previdente. A revisão do Plano Director Municipal, garantindo espaços para a instalação de empresas produtivas; a criação de parques industriais e o apoio ao pequeno comércio são algumas das principais prioridades da CDU, realçou o candidato.

Lembrando que a coligação está ao lado dos comerciantes, Nuno Libório defendeu a limitação do licenciamento de grandes superfícies comerciais. E denunciou que só na última reunião de Câmara foram aprovadas mais duas só para Alverca. Se isto continua por este caminho, alertou, «será posta em causa a sobrevivência do pequeno comércio no concelho».

O actual vereador da CDU na Câmara Municipal reconheceu que a situação social do concelho é muito mais difícil hoje do que era em 1997, quando o PS conquistou a maioria. Nestes doze anos, fecharam inúmeras empresas e o desemprego disparou – actualmente há mais de seis mil desempregados residentes em Vila Franca de Xira, dos quais 40 por cento com menos de 40 anos. Um potencial imenso que está desaproveitado, lamentou.

Nuno Libório acusou ainda o PS de, uma vez maioritário na autarquia, quebrar a tradição que os comunistas e seus aliados vinham aplicando de distribuir pelouros por todos os partidos. Nos últimos três mandatos, só o PS teve responsabilidades atribuídas e «quem perdeu foi o concelho».

O dirigente do PCP Francisco Lopes sublinhou as propostas dos comunistas para as pequenas e médias empresas, destacando o fim do Pagamento Especial por Conta, a baixa do IRC e dos preços dos combustíveis e da energia. Em sua opinião, não se trata apenas de uma questão de justiça social, mas também de desenvolvimento económico. Na estratégia de desenvolvimento que o PCP propõe, destacou, o Estado e as pequenas e médias empresas têm um papel fundamental.

A terminar Francisco Lopes elogiou o projecto autárquico da CDU é «único e superior» e não pára no tempo. «A cada momento, uma nova etapa», valorizou, exemplificando com o fluviário de Mora e a Central Fotovoltaica de Moura.