Amílcar Campos e Daniel Branco

Os candidatos da CDU visitam a Escola Secundária Luís de Freitas Branco

Continuando um intenso programa de visitas às instituições do concelho, no passado dia 20, Daniel Branco, candidato a Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, integrando uma delegação da CDU, visitou a Escola Secundária Luís Freitas Branco, sede do recentemente criado Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos (o agrupamento integra quatro outras escolas, num total de 2500 alunos, incluindo todos os níveis de ensino, designadamente o ensino de adultos). O grupo CDU foi acolhido pelo Prof. Carlos Nunes que conduziu a visita à medida que ia relatando o que achava ser digno de relato.

Não é fácil, mas o Prof. Carlos Nunes não se detinha em carpir mágoas nem a vender imagem quando descrevia situações que bem podia falar delas com orgulho. Era como se tudo fosse natural: a forma como cinco escolas diferentes foram agrupadas; a capacidade de integrar crianças e jovens de origens sociais distintas, em ambiente de respeito e disciplina; a forma em como se adaptam à adversidade de ter de garantir o funcionamento normal a conviver diariamente com uma escola com obras interrompidas, com aulas distribuídas entre contentores, edifícios recuperados, outros por recuperar e os novos, já acabados. “Ali, por detrás do tapume, mantem-se o estaleiro, sem que se tenha uma ideia de quando tudo isto ficará pronto…”, explicava.

…o ordenamento geral é equilibrado e os edifícios são afectos a áreas formativas análogas com vantagens no próprio processo educativo. “O projecto foi desenvolvido depois da própria escola ter definido, com detalhe, um conjunto de objectivos e preocupações. No decurso da sua elaboração intervimos e várias reuniões de apreciação das soluções, foi um trabalho bem integrado…” e explicava, depois, serem os custos de manutenção o que mais iria preocupar Direcção. Aliás, é na manutenção que, já hoje, se fazem sentir as principais disfuncionalidades na relação com a Câmara Municipal. “Não aqui, mas nas outras quatro escolas, as respostas são demoradas. Um simples vidro partido tem de esperar reparação tempos incomportáveis. Tudo seria mais ágil se a Câmara disponibilizasse uma dotação financeira para ser gerida como uma conta corrente para esse tipo de despesas…”

Olhando para o átrio no decurso de um intervalo, percebemos que os jovens se identificavam com o espaço o usufruíam e respeitavam. “Em toda a escola não há um único risco, pinxagem ou actos de vandalismo…”

…mas foi na sequência da visita às diversas oficinas (de mecânica, de electricidade, de electrónica) que a conversa sobre jovens com dificuldades de aprendizagem, repetências elevadas e com comportamentos mais antissociais ocorreu. O Prof. explicou haver uma procura significativa deste ramo do ensino e que no último ano é planeado em regime parcial de estágio em empresas protocoladas. São cerca de noventa as que aceitam estes estudantes. Acontece que alguns deles fazem parte de “casos” assinalados como “casos perdidos” mas só são enviados para estágio depois de um trabalho aturado e persistente de recuperação desses jovens. “Não há uma única reclamação”, disse.