A reunião com os dirigentes da Cooperativa de Habitação Económica Nova Morada, decorreu na sede desta cooperativa, no passado dia 22, no âmbito das visitas que Daniel Branco e outros candidatos municipais da CDU têm vindo a realizar a várias instituições do concelho com o objectivo de as conhecer e tomar contacto com a actividade, com as dinâmicas que desenvolvem e com os problemas com que se deparam, quer no exercício da missão quer nas relações com as autarquias.
Dos dirigentes presentes, foi Armando Vieira quem foi dando conta da evolução da “Nova Morada” situando esta no contexto mais vasto da situação do movimento cooperativo, das dificuldades por que este passa, dos desvios de missão, das situações de falência e das situações que a elas conduzem. Desde a instabilidade de situações relativas ao acesso e posse dos terrenos para construção até aos diversos licenciamentos, as cooperativas lutam com todo o tipo de adversidades. A ilustrar referiu que para um projecto de 24 fogos, passaram-se 14 anos até à sua conclusão… O processo que conduziu à falência da CHEPA-Cooperativa de Habitação Económica de Paços de Arcos foi descrito com detalhe sendo considerado paradigmático de situações com que o sector se defronta e que, naquele caso, tiveram nefasta confluência. Armando Vieira informou, entretanto, que a situação da Nova Morada e mais algumas outras, poucas, terão condições de sobreviver, referindo que a Cooperativa não se encontra endividada e que estão a desenvolver esforços para promover a um encontro para o reforço do movimento cooperativo e sua reorganização, decorrendo já contactos para esse efeito.
As múltiplas actividades da Nova Morada
A Cooperativa, tem ao longo dos seus 36 anos desenvolvido actividade relevante em várias modalidades desportivas, mantendo actualmente praticantes no Karaté, Ténis, Futsal feminino (ascendendo à 1ª divisão) e ginástica sénior. Está planeado a construção de um ginásio gimnodesportivo e uma piscina.
Na área da cultura, é assinalável a actividade registada pelo elenco do Teatro Nova Morada, cuja qualidade é reconhecida pelo facto de ter sido seleccionado para participar em vários festivais nacionais (Póvoa do Lanhoso e Mortágua). O grupo tem, em média, 9 representações por ano e recentemente enveredou por formas teatrais destinadas ao público infantil com destaque para o teatro de marionetas, com a representação do texto de Álvaro Cunhal os “Barrigas e os Magriços” com encenação de Leandro Vale.
Naturalmente que a Direcção da Cooperativa lamenta e está surpreendida com a politica cultural da Câmara e com os critérios de atribuição dos subsídios que, de forma alguma e no seu entendimento, está conforme o nível e com a intensidade do trabalho realizado.
Na imagem, as marionetas criadas para representar o texto de Álvaro Cunhal, peça destinada a crianças.