Odivelas

Orçamento Municipal 2024 não responde aos problemas prioritários dos Odivelenses

A CDU votou contra a proposta de Orçamento Municipal 2024 e as Grandes Opções do Plano, na reunião de Câmara Municipal de Odivelas de 22 de Novembro de 2024.

O nosso voto contra radica no seguinte: nós estamos a falar de documentos de fundo, de política do município e nós temos de facto, divergências em relação à questão política, às prioridades políticas a serem dadas no concelho de Odivelas.

Isto não pode ser confundido com o fazer oposição porque se é oposição, ou seja, se somos oposição temos que ser sempre contra. Cremos que é evidente para a população de Odivelas que essa não é a posição da CDU.

A CDU tem o seu próprio programa e, nós tentamos, no papel de oposição, defender naturalmente aquilo que são as nossas ideias principais, mas também dar uma colaboração naquilo que entendemos que é um dever nosso, como oposição, colaborar, tentar ajudar quem tem e ganhou as eleições e tem a legitimidade política para exercer o governo, resolver os problemas.

Há coisas em que divergimos e que sublinhamos;

Divergimos, profundamente, na política urbanística.

Divergimos em questões como o Complexo Desportivo Porto Pinheiro. É notório hoje em dia, a falta de equipamentos desportivos no concelho.

Divergimos também na utilização de parte do Mosteiro.

Divergimos em relação aos complexos desportivos que foram entregues a privados, nomeadamente o do Porto Pinheiro e da Carochia.

Dizer que nós temos motivos e são estes motivos de fundo que nos levam a, por sistema, votar contra aquilo que nós consideramos que são também documentos de fundo como o caso do Orçamento e das Grandes Opções do Plano.

Há uma questão que temos de sublinhar e que é positiva, o equilíbrio da situação financeira do município e a capacidade de endividamento. Só um desejo, é que ela seja usada para aquilo que é mais essencial. E reconhecendo que há obra que está a

ser feita, divergimos quanto às prioridades políticas a serem dadas no concelho de Odivelas.

Há uma tendência que nos parece óbvia, que à medida que aceitamos a descentralização de competências e ganhamos encargos adicionais e nalgumas zonas serão amortecidos por verbas extraordinárias do PRR, mas atenção que no futuro não vai haver PRR, daqui a uns anos isso acabou e quando acabar, os municípios são confrontados com uma série de responsabilidades que tem às costas para as quais não têm meios financeiros.

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