Intervenção de Fátima Amaral em 15/07/2005

Amigos,
Camaradas

Caros convidados

A todos muito boa noite

As eleições autárquicas que se irão realizar no próximo dia 9 de Outubro assumem um particular interesse na vida das localidades. Sem dúvida que o poder local, as autarquias têm desempenhado um importante papel no desenvolvimento das localidades. A Ramada é aliás um exemplo, um bom exemplo disto mesmo. Ao criar-se esta freguesia, ao eleger-se os seus órgãos próprios, ao possibilitar-se a concentração de esforços e mobilização das vontades dos seus moradores, esta terra desenvolveu-se, melhorou, tornou-se mais bonita e constituiu-se em força de exemplo em todo o Concelho de Odivelas.

Mas a verdade não está completa. Vejamos a Câmara de Odivelas. Uma autarquia também criada há 6 anos, com grandes expectativas, com promessas de tudo mudar, já que tudo o que vinha de Loures, diziam eles "estava errado" e aí está a prática destes 6 anos, para demonstrar esta outra verdade. A verdade de uma autarquia gerida pelo Partido Socialista que não transformou o concelho de Odivelas numa terra desenvolvida e mais bonita. Todos sabemos que bem pelo contrário! Odivelas é cada vez mais um concelho subjugado aos interesses imobiliários e onde se despreza a qualidade de vida das pessoas. Uma autarquia endividada, um Partido Socialista dividido e subjugado aos grandes interesses e aos interesses de grupo e de clã familiar.

As características do poder local, dado este ser um poder de proximidade, só por si, não determinam "boas politicas locais". Julgo que é claro que aquilo que permite potenciar as características únicas do poder local, como agente de desenvolvimento, de transformação e de mobilização das populações, é a natureza, a qualidade dos eleitos e dos projectos políticos a que estão vinculados.  Esta é a grande diferença! 

E é por isso que nós na CDU atribuímos tanta importância à composição das listas e à audição e participação das populações na fase de elaboração dos programas eleitorais. E podemos com satisfação afirmar que as listas da CDU são listas constituídas por mulheres e homens do PCP, dos Verdes, da ID e numerosos independentes unidos em torno de objectivos de:

· TRABALHO em prol das populações, em detrimento de interesses individuais ou de grupo;

· de HONESTIDADE porque temos o princípio e a prática de servir as populações com transparência, com prestação de contas da actividade e sem apropriação dos bens comuns em proveito próprio;

· de COMPETÊNCIA procurando com as populações encontrar as soluções mais adequadas à vida e ao desenvolvimento das localidades, soluções modernas, consistentes, que correspondem a políticas que claramente rompem com visões ultrapassadas e enfeudadas à ideia do crescimento do betão, do encaixotamento das pessoas,  em detrimento da qualidade de vida das populações, do seu bem estar e da qualidade urbanística das localidades.

Dada a minha condição de militante do Partido Comunista Português permitam-me que destaque uma questão a que atribuímos grande importância: o dever estatutário que vincula os militantes comunistas de não serem beneficiados, nem prejudicados pelo exercício de cargos públicos. Significa isto que uma vez eleitos, os militantes comunistas devem, por principio, continuar a viver do salário que tinham. Esta é uma prática que revela uma natureza única e exemplar no panorama dos políticos portugueses. Não estamos na politica  para nos servirmos, estamos para servir! É de facto um principio que dignifica quem o pratica e na CDU muitos outros o fazem, para além dos comunistas.

Camaradas e amigos

refiro ainda que na Assembleia Municipal o Grupo de Deputados Municipais da CDU tem desempenhado um papel importante e nalguns casos decisivo, pese embora o facto de apenas dispormos de 9 eleitos.

Somos poucos mas participamos em todas as comissões, produzimos o maior número de propostas, o maior número de intervenções sobre as matérias agendadas e demos  visibilidade com as nossas intervenções ao maior número de problemas que afligem as populações.

Pela nossa intervenção e visão do papel que deve ter a Assembleia Municipal, incentivamos as populações a participarem nas reuniões da mesma, a colocarem aí os seus problemas e a exercerem um dos importantes direitos dos cidadãos – o direito de  interpelarem directamente os órgãos autárquicos e os seus titulares. Foi assim também com moradores da Ramada.

Precisamos, no entanto, de aumentar o número de deputados municipais, porque o nosso trabalho tem que evoluir, temos que ser ainda mais actuantes, temos que evoluir bastante no trabalho de ligação ao movimento associativo, às populações, e aos trabalhadores.

É com confiança que encaramos a próxima batalha! Estou certa de que iremos dar o nosso melhor para esclarecer e convencer os eleitores do Concelho de Odivelas a votarem CDU.

Por um melhor concelho, por um concelho onde valha a pena viver!

VIVA A CDU

VIVA A RAMADA