Lisboa tem o Rio Tejo e ao contrário de outras capitais por esse Mundo fora nunca o seu crescimento urbano se desenvolveu de forma radial em torno de um centro. O Tejo inspirador de crescimento, determinante também para o desenvolvimento das mais diversas atividades económicas, o Tejo, estuário natural de um dos mais importantes portos no ocidente da Europa, marcou igualmente a impossibilidade de desenvolvimento de uma cidade na forma mais natural quando não existem obstáculos físicos de monta: a forma radio-cêntrica. Como se diz Lisboa e o Tejo são inseparáveis, para o bem e para o mal. A largura do rio só pôde ser superada muito recentemente por obras de arte que permitiram a ligação viária entre as duas margens. Foram séculos em que de uma para outra margem só os barcos permitiam a ligação. Fruto de inultrapassáveis condições físicas a Capital deste País confinou-se à margem norte do seu Rio.
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