Teatro Sénior – 08/04/2009

DECLARAÇÃO DE VOTO DOS VEREADORES DA CDU

 
 
Teatro
Sénior

A
concretização de projectos e acções que visem uma ocupação
saudável, seja no domínio da actividade física, recreativa ou
cultural, constituem uma mais valia na melhoria da qualidade de vida
deste segmento etário da população.

A
CDU considera que todas as iniciativas e acções que contribuam
igualmente para o combate ao isolamento e sedentarismo por um lado, e
que permitam a exteriorização do potencial criativo dos nossos
idosos, desde que desenhadas num plano de acção generalizado e
verdadeiramente democratizador do acesso da população sénior a
tais praticas são oportunas. Foi neste enquadramento que o projecto
que hoje aqui analisamosbem como a proposta de protocolo tiveram o
voto favorável da bancada da CDU.

Contudo,
da análise dos documentos que suportam esta proposta, são-nos
suscitadas as seguintes questões:

É
referida a “estreita” colaboração com as entidades locais,
nomeadamente as Juntas de Freguesia e as IPSS´s. Sobre o
envolvimento concreto destes “parceiros” nada mais é referido
ficando por se saber os exactos moldes em que esta parceria se
processa. Não se entende pois porque não se incluem no protocolo
pelo menos as Juntas de Freguesia.

Se
esta questão é importante, consideramos haver uma outra ainda mais
importante e que se prende com a falta de envolvimento do DSC em todo
este processo.

Desde
o início deste mandato que temos vindo a assistir ao esvaziamento de
competências desta importante unidade orgânica. Dizemos importante
porque sempre consideramos que deveria caber ao DSC e sobretudo à
Divisão de Cultura, Juventude e Turismo a definição e
concretização do projecto cultural do concelho, onde este tipo de
iniciativas teria naturalmente a sua génese. Primeiro foi a
Municipália a substituir o papel do DSC no relacionamento com os
agentes culturais do concelho e agora são as outras unidades
orgânicas a retirar o espaço de intervenção da DCJT. Dadas as
características especificas de cada projecto é fundamental em cada
caso criar mecanismos de articulação com outras unidades orgânicas,
mas devendo sempre a coordenação e direcção do projecto ser da
responsabilidade do DSC.

Esta
Câmara e esta gestão conduziram o papel do DSC quase á
insignificância e este é mais um exemplo disso mesmo.

Não
existem estímulos ao associativismo cultural; não existem projectos
e iniciativas e não existe envolvimento nos projectos culturais da
Municipália nem de outros sectores das Câmara.

Sobra
a gestão do centro de Exposições e da casa da Juventude.

Pouco.
Muito pouco, consideramos nós.

Odivelas,
8 de Abril de 2009