Célula PCP na CM Odivelas sobre a mobilidade interna

A Célula dos Trabalhadores Comunistas na CM Odivelas publicitou em Nota de Imprensa a sua posição sobre o elevado número de pedidos de mobilidade interna na CM Odivelas: " Entre 2006 e 2007, mais de uma centena de funcionários da Câmara
Municipal de Odivelas requereu mobilidade interna. Entendemos que
nenhum destes pedidos foi efectivado de ânimo leve e que, salvo
raríssimas excepções, retratam por um lado, a existência de inúmeros
problemas e tensões entre trabalhadores, chefias e responsáveis
políticos, por outro, a presença na autarquia de situações várias de
desintegração funcional e subaproveitamento das capacidades e
habilitações dos trabalhadores."

SERÁ QUE A CÂMARA NÃO PERCEBE PORQUE TEM SIDO TÃO REQUERIDA A MOBILIDADE INTERNA PELOS SEUS FUNCIONÁRIOS DURANTE O ACTUAL MANDATO?

Entre 2006 e 2007, mais de uma centena de funcionários da Câmara Municipal de Odivelas requereu mobilidade interna. Entendemos que nenhum destes pedidos foi efectivado de ânimo leve e que, salvo raríssimas excepções, retratam por um lado, a existência de inúmeros problemas e tensões entre trabalhadores, chefias e responsáveis políticos, por outro, a presença na autarquia de situações várias de desintegração funcional e subaproveitamento das capacidades e habilitações dos trabalhadores.

Perante a extensão e relevância desta situação, o que se exigiria era que a autarquia aproveitasse este acontecimento algo sui generis para verdadeiramente dar um passo em frente em matéria de satisfação profissional dos seus funcionários e de organização da mobilidade interna. Ao invés, a autarquia insiste em advogar, de forma absolutamente simplista, que a generalidade dos pedidos de mobilidade interna são tão-somente formulados por razões menores de ordem pessoal ou com manifesto défice de fundamentação, delineando e aprontando, em termos de propostas de resolução apenas novas mutações procedimentais que, na linha de outras anteriores, não consideram, na devida proporção, os legítimos interesses dos trabalhadores e/ou a sua promoção pessoal e profissional.

A autarquia anda exclusivamente obstinada com a estreita definição de novas regras a observar no processo de mobilidade interna, algumas até arbitrárias, almejando, por exemplo: abrir a possibilidade dos próprios serviços, em abstracto, solicitarem através de uma bolsa de mobilidade os funcionários necessários àqueles, limitar os pedidos aos meses de Janeiro, Abril, Julho e Outubro ou estipular os termos em que um funcionário, independentemente da sua vontade, possa ser transferido internamente de serviço.

Tudo isto, quando a autarquia deveria era de andar interessada em começar por compreender as exactas razões que estão na base de tantos requerimentos de mobilidade interna durante o actual mandato, em avaliar, pela primeira vez, o nível de satisfação dos seus profissionais (não escamoteando que a avaliação da satisfação profissional é um indicador de avaliação da autarquia, do clima organizacional, um elemento determinante da avaliação da qualidade, a par da satisfação dos munícipes), e, somente, após retiradas as devidas ilações desta mesma avaliação e introdução de eventuais medidas correctivas, adoptar então, processos de gestão que se querem objectivamente inovadores, eficientes e eficazes, promotores da mobilidade interna, tendo em vista o reaproveitamento dos recursos humanos, a melhoria dos níveis de motivação e qualificação dos funcionários, a adequação do funcionário à função e consequentemente a melhoria do serviço que se quer público e de qualidade.

Odivelas, 23 de Janeiro de 2008