Acção do PCP realizada hoje na estação do Metropolitano do Campo Grande
Os utentes do sistema de transportes públicos da cidade de Lisboa – residentes, trabalhadores ou visitantes – têm sido confrontados, nos últimos dias, com o agravamento das dificuldades nas suas deslocações na cidade.
Existem várias alterações ao nível dos transportes públicos, com particular destaque para a situação resultante da suspensão, pelo Metropolitano de Lisboa, anunciada até 7 de Julho, dos troços entre Telheiras e Campo Grande (Linha Verde) e entre Campo Grande e Cidade Universitária (Linha Amarela). Esta decisão, agravada pela redução para comboios de 3 carruagens na Linha Verde, tem estado a criar nos últimos dias uma situação de caos e insegurança com os utentes a aglomerarem-se nos cais das estações e com as carruagens completamente cheias. As soluções de reforço do serviço da Carris anunciadas pela CML têm-se manifestado claramente insuficientes.
Em simultâneo, também na rede da CP existem constrangimentos como é o caso da interrupção da ligação entre o Cais do Sodré e Algés no período nocturno.
A situação que se verifica hoje a cidade de Lisboa, no que respeita ao funcionamento do sistema público de transportes, exige a tomada de medidas com vista a uma eficaz articulação entre as diversas entidades – CML, Metropolitano de Lisboa e CP – sobre a planificação das obras na cidade bem como as soluções alternativas de transporte público, de forma a minimizar os impactos na mobilidade na cidade.
Exige-se uma solução urgente para os graves problemas causados pelas obras do Metropolitano de Lisboa e para a qual devem ser mobilizados todos os recursos disponíveis e envolvidos todos os operadores da cidade. A responsabilidade do Metropolitano é evidente e inquestionável. Contudo, dado o impacto que esta situação tem na mobilidade da cidade, designadamente, em pontos nucleares do sistema urbano de transporte, virando do avesso as rotinas de deslocação de milhares de residentes e de trabalhadores na cidade, perturbando profundamente os fluxos de deslocação com os concelhos vizinhos, não pode a CML ficar à margem da solução para este problema que, insistimos, carece de uma solução urgente.
A situação da interrupção do Metro exige, pois, que o Metropolitano e a CML assumam as suas responsabilidades, articulando uma solução de transportes alternativos para dar resposta às interrupções, não apenas com reforço das carreiras da Carris existentes, mas com autocarros específicos entre os troços interrompidos e com a criação de circuitos complementares aos circuitos existentes.
Exige-se que o Metropolitano encontre soluções para as situações de caos e de insegurança que se verificaram nos últimos dias na Linha Verde com a circulação de apenas 3 carruagens por comboio.
O PCP propõe, com carácter de urgência, a realização de uma reunião que envolva todo o executivo da CML e os operadores de transportes da cidade, com vista a discutir o quadro de soluções a implementar.
O PCP esteve hoje em contacto com os utentes do Metropolitano de Lisboa na estação do Campo Grande numa acção que contou com a presença de João Ferreira, Vereador do PCP na CML.
Apelamos à luta e ao protesto dos utentes dos transportes públicos. A luta continua!