Intervenção de Ana Carolina Ambrósio, da Juventude CDU, na Festa Popular da CDU Lisboa

 

Ana Carolina AmbrósioAna Carolina Ambrósio da Juventude CDU e candidata à Assembleia Municipal, afirmou na sua intervenção que é «na Juventude CDU, que integra os jovens da JCP, da Ecolojovem e muitos jovens independentes, estão aqueles que todos os dias lutam contra estas limitações, que estão ao seu lado nas suas justas reivindicações, no combate à política de direita e pela resolução dos problemas do povo e da juventude portugueses.»



Lisboa tem-se tornado uma cidade cada vez menos jovem.

A par de todos os ataques aos direitos da Juventude, na Cidade, pelas mãos do executivo PS de António Costa, se sente a ausência de políticas de juventude e a destruição e limitação de meios e infra-estruturas que permitam à população jovem a efectivação dos seus direitos.

A cultura, vimo-la submetida aos grandes interesses comerciais, e aos jovens não é facilitado nem promovido o acesso à fruição e produção culturais.
A prática desportiva está também cada vez mais limitada a quem pode pagar o preço dos equipamentos e o aluguer dos espaços.
O movimento associativo jovem, que em muitos casos, vinha colmatar estas lacunas, está cada vez mais desapoiado e sofre ataques vários ao seu funcionamento, tornando-se, não raras vezes, incomportável prosseguir as suas actividades.
Os elevados custos da habitação e a falta de políticas de habitação jovem constituem um dos principais entraves a que possamos deixar a casa dos pais.
O serviço de transportes degrada-se com a diminuição das carreiras e a redução dos horários, nos autocarros e comboios, a redução de carruagens, no metro, e os preços crescentes de todos os meios de transporte, agravados pelo corte do passes escolares 4-18 e sub-23.

Na Juventude CDU, que integra os jovens da JCP, da Ecolojovem e muitos jovens independentes, estão aqueles que todos os dias lutam contra estas limitações, que estão ao seu lado nas suas justas reivindicações, no combate à política de direita e pela resolução dos problemas do povo e da juventude portugueses.

E a resolução desses problemas passa, também, por políticas autárquicas que tenham, efectivamente, em conta os jovens que vivem, estudam e trabalham na Cidade.

Todos esses jovens que, no nosso entendimento, devem encontrar em Lisboa os meios para que se cumpram os seus direitos, mas, também, devem poder ser eles mesmos participantes activos e dinamizadores da vida desta.

É por isso que, enquanto Juventude CDU, propomos:

· democratização do acesso ao lazer e à cultura, tanto na vertente da fruição, como da produção, sendoaproveitados e disponibilizados os espaços e meios existentes aos que queiram iniciar e desenvolver actividades culturais e artísticas;

· promoção da prática desportiva, com infra-estruturas e equipamentos adequados às diversas modalidade, de acesso gratuito;

· incentivos de fomento à actividade e participação democrática no movimento associativo, nas suas mais diversas expressões;

· incentivos à participação democrática dos jovens na Cidade, através do estabelecimento de plataformas de discussão municipais, que incluam as Associações Juvenis e de estudantes, formais e não formais, permitindo o envolvimento dos jovens na definição das políticas locais para a juventude.

· uma política de reabilitação urbana que permita a fixação da população jovem na cidade, através do restabelecimento e alargamento dos programas para aquisição ou arrendamento de habitação a custos controlados, direccionados para os jovens;

· defesa e melhoramento da rede de transportes públicos, através do seu alargamento às zonas não abrangidas, contra a extinção das carreiras que fazem falta às populações e redução dos horários, defendendo o direito à mobilidade como essencial para efectivação de todos os outros;

· defesa do espaço público e do ambiente, tendo em vista a qualidade de vida das populações.

Em resumo, há que criar condições para que os jovens estudem, trabalhem, vivam e se fixem na Cidade — como há que criar condições para que se mantenham no nosso país, em vez de os convidar a emigrar.

Mas para tal, é necessário inverter radicalmente o rumo desastroso a que as políticas de direita, a todos os níveis, nos têm conduzido. É necessário, desde já, exigir a demissão deste Governo, mais recente responsável pela degradação, rápida e em força, das condições de vida da grande maioria dos portugueses, pela venda ao desbarato dos recursos do país, pelos crescentes níveis de desemprego e generalização das relações precárias de trabalho, pelo desinvestimento na Educação e aumento do abandono escolar, pelo ataque descarado a todos e cada um dos direitos conquistados com o 25 de Abril.

Torna-se, assim, fundamental, que os jovens conheçam os seus direitos e exijam que se cumpram. Ou seja, que recusemos a teoria das inevitabilidades e a total falta de perspectivas e de dignidade, mas, pelo contrário, que tenhamos a coragem de tomar nas nossas mãos o destino da nossa vida e a vontade de transformar Portugal num país melhor.

É com essa vontade que prosseguiremos e intensificaremos a luta pelos direitos da Juventude e do povo português, assim como é com a certeza de que Lisboa pode ser uma cidade melhor, mais acessível e justa que, no dia 29 de Setembro, vamos levar a luta até ao voto, tomar nas nossas mãos o destino da nossa vida e votar na CDU.

Viva a Juventude CDU!