PCP denuncia venda a retalho do Parque Florestal de Monsanto

O Executivo PS na Câmara Municipal de Lisboa tem optado por desconfigurar o Parque Florestal de Monsanto através de concessões/privatizações de vários espaços que deixaram de ser de fruição pública onde os privados pretendem converter áreas ambientalmente protegidas/sensíveis para outros usos e instalar unidades hoteleiras que vão aumentar a carga e a intensidade de utilização, contrariando o Plano de Ordenamento e Requalificação do Parque de Monsanto.

 

 

 

Os Vereadores do PCP na CML votaram contra a Proposta n.º267/2014 de 11 de Junho (Concurso público, com publicidade internacional, para a concessão de exploração de parte delimitada da Quinta da Pimenteira, sita na serra de Monsanto, em Lisboa, e de outros edifícios e equipamentos existentes no parque florestal de Monsanto) que visou conceder em exploração o Viveiro da Quinta da Pimenteira, o Moinho do Penedo, a Casa do Presidente e as antigas casas de função. Também votaram contra a Proposta n.º675/2014 de 12 de Novembro que visou adjudicar a concessão.

 

Na realidade, a CML está a sobrecarregar o Parque Florestal de Monsanto com mais três unidades hoteleiras e uma unidade de restauração e bebidas. As cargas de utilização, gestão, fornecimentos, apenas vêm contribuir para uma utilização que dificilmente se compatibilidade com uma de baixa intensidade preconizada.

 

Contrariamente aos objectivos afirmados não se trata de ecoturismo, pois para que assim fosse não se partiria para a concessão de três equipamentos, dois deles com duvidosa possibilidade de utilização neste sentido. Trata-se sim de transformar mais esta parcela da cidade numa área de negócio, permitindo a expansão da utilização hoteleira para dentro do Parque Florestal do Monsanto.

 

As opções do Executivo PS na CML são demonstrativas duma ausência de política para o desporto na cidade de Lisboa deixando ao abandono equipamentos como o Pavilhão Carlos Lopes e as Piscinas do Campo Grande, optando por vender a cidade a retalho.

 

O PCP defende ambientalmente o Parque Florestal de Monsanto, a requalificação das suas áreas degradas e a criação de condições para que este Parque e continue a ser de acesso público possibilitando o lazer e a prática desportiva informal.