Foi hoje aprovada, em reunião da CML, com os votos favoráveis do PCP, PS, BE e abstenção do PSD e CDS, a proposta apresentada pelo PCP para a realização, em Lisboa, de um Encontro Internacional de Literatura e de Língua Portuguesa.
Após um intenso debate com membros da comunidade literária, o PCP conseguiu finalmente
ver aprovada na CML, a sua proposta de realização, em Lisboa, de um Encontro Internacional de Literatura e de Língua Portuguesa.
Lisboa ganhará assim um evento único que se pretende de grande importância cultural e de enorme relevância estratégica para cidade, nacional e internacional, para lisboetas ou não residentes, para estrangeiros e turistas. Lisboa é uma cidade literária, e o PCP, assumindo o seu compromisso eleitoral, tudo fez para que o executivo de uma das capitais dos Países de Língua Portuguesa não se demitisse do seu papel: que é o de defender a língua e projectar a sua literatura, protegendo as livrarias tradicionais, envolvendo a comunidade escolar, bibliotecas, criando novos espaços de leitura, mas também a rua – convidando todos à fruição deste encontro.
Lisboa não é só fado, luz e gastronomia… A partir de agora, constará do mapa dos grandes festivais literários do mundo.
A proposta, hoje aprovada, prevê realizar um evento literário regular, com primeira edição no último trimestre de 2019 ou primeiro semestre de 2020, de dimensão internacional, que celebre a Língua, os Livros, a Literatura, as Leituras e as Livrarias em Lisboa, denominado Lisboa Cinco L, a promover pelo pelouro da Cultura que, através das bibliotecas municipais e em articulação com os serviços municipais e as entidades que se considerem relevantes, defina o modelo programático e organizativo do evento, mantendo a responsabilidade de organização na sua esfera de forma a melhor defender a equidade e a missão pública do evento, não privilegiando qualquer lógica empresarial e editorial em detrimento de outras. Prevê ainda que este evento seja promovido em toda a cidade, em articulação com as Escolas, Universidades, freguesias e outros parceiros, envolvendo a população local e garantindo uma diversidade estética, diferenciação de géneros e distintos públicos e que seja assegurada a justa remuneração a todos os escritores, animadores culturais/declamadores e actores envolvidos.
A Câmara de Lisboa fica, a partir deste momento, com a oportunidade e a responsabilidade de concretizar um evento de grande projecção, que reposiciona a cidade no seu justo lugar na área da língua e da literatura.
A língua portuguesa é uma das nossas mais antigas e preciosas heranças, falada por 280 milhões, a 5ª mais falada do mundo, e segundo a Unesco, a que mais tem crescido, a seguir ao inglês e espanhol.
Lisboa possui uma literatura considerada única à escala mundial, onde nasceram, viveram e de onde partiram grandes figuras que se tornaram clássicos da nossa lusofonia e hoje existem condições excepcionais para divulgar essa riqueza a nível internacional.
Esta proposta, hoje aprovada pela CML, corresponde a uma das medidas do programa eleitoral com que a CDU concorreu ao Município de Lisboa, tendo sido atestada e previamente discutida por personalidades da área da literatura, edição e cultura em geral, designadamente, por escritores, poetas, historiadores, editores, livreiros, actores, ilustradores, animadores culturais, arquitectos, autores de arte pública e programadores culturais, identificados na proposta.
A criação do LISBOA CINCO L insere-se num quadro mais amplo de políticas culturais do PCP de valorização da identidade e do património, que incluem nomeadamente a criação de um Museu da Língua Portuguesa na cidade.
O PCP congratula-se com a aprovação da sua proposta e com o reconhecimento do interesse, valor, necessidade e urgência da iniciativa. Com a expectativa de que a concretização desta proposta contribua para a divulgação da literatura e democratização do acesso à cultura na cidade de Lisboa.
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