O Clube Atlético de Alvalade (CAA), instituição de reconhecido mérito no âmbito da prática desportiva, fundado em 1949, é mais uma vítima da lei da lei dos despejos.
Em 2017 viu o seu contrato transitar para o novo regime de arrendamento urbano e no decorrer desta alteração a sua renda aumentou 400%, começando assim uma epopeia pela sobrevivência do clube.
Passados quatro anos a senhoria opôs-se à renovação do contrato, situação que a confirmar-se implica a saída do clube das instalações, e provavelmente o seu fim.
Importa referir, que em 2018, foi aprovada por unanimidade na câmara Municipal de Lisboa (CML), a proposta 517/2018, apresentada pelos vereadores do PCP, que deliberou dar início ao processo de distinção como “Entidade de Interesse Histórico e Cultural ou Social Local” ao CAA, situação que se veio a concretizar através da aprovação da proposta n.o 819/2020, aprovada na CML por unanimidade, atendendo a que, a referida instituição, reunia os critérios necessários para que lhe fosse atribuído o estatuto de Entidade de Interesse Histórico e Cultural ou Social Local.
Em Dezembro de 2021, na Assembleia de Freguesia de Alvalade, foi aprovada por maioria, com a abstenção do PSD/CDS/Chega e Movimento Mudar Alvalade, a moção dos eleitos da CDU, que instava a CML a assumir uma posição intransigente na defesa do CAA
No início deste mês o vereador do PCP João Ferreira e membros da CDU em Alvalade, entre os quais os eleitos Sérgio Morais e Frederico Lyra, reuniram-se com a Direcção do CAA para conhecerem os desenvolvimentos da situação.
Ficou o compromisso, por parte do PCP e da CDU de tudo fazer junto da CML e de Junta de Freguesia de Alvalade para que se arranje uma solução duradoura para o Clube, nomeadamente com a garantia de um espaço para as suas actividades.
Também para os clubes e colectividades da cidade de Lisboa é premente a necessidade de revogação da Lei dos Despejos, a que o PS sempre se opôs.