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Depois de no ano de 2005 ter apresentado um lucro recorde de 1071 milhões de euros, só no primeiro semestre de 2006 a EDP já averbava 580 milhões, dividendos esses apropriados por um punhado de grandes accionistas privados. Tendo ainda em conta que o Governo avançou com uma «proposta» de aumentos salariais de 1,5%, torna-se bem claro o objectivo do executivo PS de aumentar em 6% as tarifas eléctricas: pôr 5,3 milhões de consumidores a contribuir para o encher dos bolsos dos grandes accionistas da empresa. O PCP alerta finalmente os trabalhadores e o povo para o papel desempenhado neste processo pela Entidade Reguladora do Sector, que, tendo ameaçado com um aumento de 15% das tarifas eléctricas, permitiu ao Governo PS tentar manobrar a opinião pública com a ideia de que o aumento injusto e brutal de 6% afinal não seria um aumento, mas antes uma «redução do aumento das tarifas eléctricas». (Comunicado da DORL em PDF) |
A EDP teve um lucro recorde em 2005 de 1071 milhões de Euros!
E no primeiro semestre de 2006, um lucro de 580 milhões de Euros,
um acréscimo de 17% sobre o lucro “histórico” de 2005! .
O Governo avança com uma proposta de 1,5% para os aumentos
salariais de 2006. .
É à luz destes factos que tem que ser avaliada a decisão do Governo
de aumentar em 6% as tarifas eléctricas! E à luz dos factos, este
aumento destina-se a colocar 5,3 milhões de pequenos consumidores
a pagar mais para manter (e reforçar) os dividendos de uma meia
dúzia de grandes accionistas privados. .
Os portugueses estão a ser enganados! .
A ameaça de um aumento das tarifas ainda maior (15%), proposto
por uma entidade pseudo independente (Entidade Reguladora do
Sector) foi apenas um acto, no golpe de magia com que o Governo
tentou disfarçar um aumento brutal e injusto das tarifas eléctricas,
“numa redução do aumento das tarifas eléctricas”. .
Mas perante os factos não há golpes de magia que alterem a realidade:
O Governo continua na sua senda de concretizar o aumento dos lucros
de uns poucos à custa dos trabalhadores e suas famílias! .
É preciso romper com esta política! .
É preciso lutar! .