Neste momento assiste-se, de novo, a uma gigantesca e articulada campanha de manipulação da opinião pública visando convencer os portugueses que a crise que o País enfrenta deve-se à “rigidez” das remunerações nominais e das leis laborais em Portugal. O Banco de Portugal, pela mão de V. Constâncio, no seu Relatório de 2006, e o Expresso na sua edição de 4.8.2007, culpabilizam a “rigidez das remunerações nominais” pela crise actual. Se juntarmos a isto a “redutibilidade das retribuições”, ou seja, a diminuição da remunerações nominais defendida pela chamada Comissão do Livro Banco das Relações Laborais, assim como as declarações do governo, feitas através do ministro Vieira da Silva, de que é preciso adaptar a legislação do trabalho para criar condições ao aumento da competitividade das empresas, o quadro fica claro e completo. Apesar das remunerações reais dos trabalhadores terem diminuído de uma forma constante nos últimos anos, para todos estes “senhores” essa baixa não é suficiente. Pretendem agora que diminuam as próprias remunerações nominais, ou seja, os salários em euros e que as leis laborais sejam alterada.
Os dois mais recentes Estudos de Eugénio Rosa são armas importantes para combater – desde já – estes novos planos do grande capital e seu governo. Ler "A Campanha contra a suposta rigidez das remunerações nominais " e "O relatório de progresso da Comissão do Livro Branco ".