Comunicado aos Micro e Pequenos Empresários

Aos Micro e Pequenos Empresários

30 de Maio
Contra uma política sem crédito e sem futuro

Nós, Micro e Pequenos Empresários, estamos a sofrer as consequências de uma política injusta que nos está a estrangular, e que a não ser travada, colocará em risco o nosso futuro.

 
O Governo encheu a boca com a importância que as micro e pequenas empresas têm para o país, no emprego, na produção interna e no tecido económico local e das Regiões. Mas esse discurso audível no período eleitoral esfumou-se completamente, não se verificando iniciativas ou medidas tendentes à defesa dos interesses das micro e pequenas empresas.
 
As políticas fiscais, de apoios comunitários e de crédito têm discriminado pela negativa as micro e pequenas empresas provocando enormes dificuldades, avolumando-se com a redução do consumo interno e do poder de compra dos portugueses.
O comércio tradicional e a restauração atravessam uma situação crítica, verificando-se o mesmo ao nível da indústria da construção. Há uma linguagem que começa a ser comum entre nós: “Isto está parado”.
 
A redução brutal do poder de compra está a levar a uma profunda redução do consumo com consequências muito negativas na nossa actividade.
Ao mesmo tempo amplia-se cada vez mais o volume de lucros que os grupos económicos e financeiros apresentam. Os resultados agora conhecidos dos quatro maiores bancos referentes ao primeiro trimestre revelam que obtiveram lucros de 558,4 milhões de euros, um aumento de 24%, que contrasta chocantemente com as crescentes desigualdades que atingem a generalidade da população, dos trabalhadores e dos micro e pequenos empresários.
Não nos podemos calar! Temos de agir! 

A greve geral do dia 30 de Maio tem como objectivo, entre outros, a reivindicação de uma nova política e de um novo rumo para o país que não encare o aumento do poder de compra dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas como um inimigo do desenvolvimento económico mas, pelo contrário, um aliado do aumento da produção e da riqueza nacional.
Mais do que estar solidário, em 30 de Maio é preciso estarmos ao lado de todos aqueles que lutam contra esta política e lutar pela necessidade de uma mudança de rumo para o país.
 
A politíca de direita só  serve os interesses do capital financeiro e dos grandes grupos económicos, o que motiva e justifica a luta de dia 30 de Maio dos trabalhadores portugueses. Mas esta política de direita tão pouco serve os Micro e Pequenos Empresários. É do lado dos trabalhadores que os seus interesses os colocam.
Esta é uma luta de todos para todos.

Participa!

Comissão Regional de Lisboa dos Micro e Pequenos Empresários