Feira da Ladra

CDU. Defender a Feira da Ladra e os seus feirantes

 
Feira da Ladra“É um escândalo, apreenderam os poucos haveres de um homem com mais de 70 anos, que vinha aqui ganhar uns dinheiros para complementar uma reforma de 280 euros”, queixa-se um feirante ao candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, denunciando uma situação em que se dificulta ao máximo a obtenção de uma licença aos vendedores eventuais, ao mesmo tempo que se torna mais dura a fiscalização nos terrenos da feira.

 
Sábado de manhã, Feira da Ladra. As ruas animam-se e vão paulatinamente ganhando as cores das pessoas no bulício das bancas. Omnipresente a fiscalização vai autuando e apreendendo mercadorias nas vendas sem a devida licença. Uma autorização que se tornou cada vez mais difícil de obter, e que ameaça descaracterizar uma feira com mais de 140 anos.
 
Um grupo de eleitos e candidatos da CDU, com as presenças dos vereadores do PCP, João Ferreira e Ana Jara, Cláudia Madeira, do partido Os Verdes, e os eleitos da freguesia Vítor Agostinho, João Isqueiro (Presidente da Assembleia de Freguesia) e Michelle Faro, estiveram a contactar feirantes e frequentadores deste local vivo e tradicional de Lisboa.
 
A gentrificação não expulsou apenas dezenas de milhares de lisboetas desta zona da cidade, mas ameaça destruir a Feira da Ladra. A futura construção de mais um Hotel de Luxo, no edifício do antigo Hospital da Marinha, restringiu drasticamente os lugares existentes na parte baixa do certame.
 
A feira é um lugar popular, que vive dos feirantes habituais mas de uma massa de vendedores ocasionais que dão popularidade ao lugar e um movimento próprio. As autoridades camarárias têm dificultado ao máximo a obtenção de licenças aos vendedores, destruindo as características deste lugar centenário no coração de Lisboa.
 
“Às vezes temos de estar em Alcântara, noite e dia, para conseguirmos uma licença para vendermos aqui”, afirmam os feirantes, que não entendem por que razão, nestes tempos, não podem ser tiradas licenças também pela Internet. Isso, somado ao arrastar da situação que está a atrasar o processo de novo concurso de licenças da feira, está a tornar a situação ainda mais difícil para os feirantes, nestes tempos de pandemia.
 
João Ferreira e os outros elementos da CDU atravessaram a feira para escutar as queixas e opiniões das pessoas que dão vida àquele espaço. Uma vendedora queixa-se que embora a feira tenha estado fechada no confinamento, os feirantes continuaram obrigados a pagar os dias em que lá não estiveram, e que as regras estão cada vez mais estritas: “se faltar algumas vezes durante o ano, tiram-me a licença”.
 
A CDU tem defendido três medidas fundamentais para preservar aquele espaço:
 
Os feirantes têm de ser ouvidos para serem resolvidos rapidamente os seus problemas;
 
Que a Feira da Ladra se mantenha no local em que se encontra e que o seu espaço seja novamente todo ocupado;
 
Que se encontre de novo um procedimento fácil e rápido para licenciamento de vendedores ocasionais e regulares.
 
Todos os candidatos da CDU explicaram aos feirantes as propostas que têm defendido para defender a feira e comprometeram-se a fazer perguntas e tomar medidas, ainda durante este mandato, para defender a Feira da Ladra.
 
POR UMA LISBOA COM VIDA! PELO DIREITO À CIDADE!