Campo de Ourique

Campo de Ourique. “É preciso ouvir as pessoas”

 
Campo de OuriqueFoi na Padaria do Povo, colectividade em que Bento de Jesus Caraça fundou e albergou a sua Universidade Popular, que se realizou um Sessão Pública da CDU com a população de Campo de Ourique. Nesta Sessão, que contou com a presença do candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, discutiram-se os problemas levantados pelos moradores do bairro e as propostas da CDU para a sua melhoria e desenvolvimento.
 
Que melhor sítio para discutir democracia e

participação, do que no local em que o matemático antifascista esboçou o seu imenso trabalho para tornar a cultura e o conhecimento mais acessível ao povo.
 
As questões suscitadas pelas dezenas de presentes foram várias: as habitações municipais que ficam devolutas, o atraso na feitura de obras de requalificação desse património municipal e da entrega dessas casas a novos moradores; a falta de creches públicas; a degradação do espaço público e ausência de uma política pública para dar condições de vida às pessoas que vivem nos Bairros Municipais da freguesia.
 
Referiram ainda a diminuição contínua das carreiras de transportes públicos na freguesia; o problema dramático de estacionamento que as autoridades locais nunca tentaram resolver; a falta de infra-estruturas públicas para idosos e jovens; o estrangulamento progressivo do comércio local; a ausência de uma política de apoio e valorização das cooperativas; o maior apoio ao movimento associativo e às colectividades de cultura e desporto.
 
João Ferreira, na sua intervenção final, sublinhou que os problemas levantados correspondem às grandes questões com que Lisboa se bate, depois de duas décadas de gestão municipal que fez do mercado e da especulação imobiliária o alfa e ómega da política autárquica.
 
Para o candidato, é necessário uma política que garanta o direito à cidade aos lisboetas, e esse direito começa pela necessidade de ouvir as pessoas, sem uma agenda prévia e só como se fosse um pró-forma. “As pessoas devem ser ouvidas com uma folha em branco” em que as suas ideias e soluções são tomadas em conta.
 
“A CDU quer mobilizar forças e vontades para vencermos a distância entre a cidade que temos e a cidade que queremos. É possível erguer, em bases renovadas, uma governação democrática capaz de assegurar uma cidade viva, bela e justa, disse João Ferreira, especificando:
 
“- Uma cidade construída com a participação das populações, envolvendo-as nas decisões.
 
– Uma cidade com uma política de habitação a custos acessíveis, que atraia população residente, jovens e menos jovens.
 
– Uma cidade com uma vida económica diversificada, que estimule a criação de emprego, de qualidade e com direitos.
 
– Uma cidade com transportes públicos de qualidade – mais cómodos, seguros, frequentes, rápidos e baratos, apontando mesmo para a sua gratuitidade.
 
– Uma cidade que promova a saúde e o bem-estar das populações, com mais e melhores espaços verdes, com um ambiente de qualidade, que combata a poluição, nas suas variadas formas, e melhore substancialmente a qualidade do ar.
 
– Uma cidade onde a cultura e o desporto estão ao alcance de todos, em todo o território.
 
– Uma cidade onde a rua pode ser fruída e vivida, em segurança; com espaços para as crianças, no qual se possa, e dê gosto, brincar e crescer; com uma política específica para a juventude; que atente aos mais idosos e lhes crie condições para uma vida gratificante.
 
– Uma cidade com serviços públicos diversificados, de qualidade e de proximidade; que valorize e motive os trabalhadores do município e das freguesias”.
 
POR UMA LISBOA COM VIDA! PELO DIREITO À CIDADE!