O candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, esteve em contacto com os trabalhadores da garagem dos Olivais da CML, onde se inteirou das dificuldades de quem nunca parou de laborar, mesmo durante a pandemia, para assegurar a higiene urbana da cidade.
Os trabalhadores camarários testemunharam ao candidato o caso dos motoristas dos carros do lixo, que hoje saem em três turnos diferenciados,
para serem mantidas as condições mínimas de segurança sanitária em tempos de Covid-19.
Nos vários contactos com o candidato da CDU, diversos trabalhadores manifestaram-se contra uma situação de prolongado congelamento dos salários que se viveu na Função Pública e que a o SIADAP (sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública) veio prolongar, tentando voltar trabalhadores contra trabalhadores.
Um dos motoristas manifestou-se agastado por trabalhar há 32 anos, a guiar os carros do lixo, e ganhar pouco mais de 800 euros. Muitos disseram que apenas conseguem ganhar mais com o prejuízo do seu descanso e vida familiar, sendo obrigados a fazer inúmeras horas extraordinárias.
“Tenho quase 30 anos de casa e mato-me a trabalhar e a fazer todos os feriados e horas extraordinárias possíveis, para levar para casa pouco mais de 1000 euros”, confessou outro trabalhador.
O candidato sublinhou que frequentemente os eleitos da CDU contactam os trabalhadores, que a câmara e a população de Lisboa é devedora do seu esforço, e que a CDU sempre se manifestou contra o congelamento das progressões nas carreiras dos trabalhadores e contra as limitações nessas progressões que o SIADAP impõe, com as consequências salariais que isso tem.
“Se há três trabalhadores que têm um desempenho positivo, devem ser avaliados positivamente e aumentados, e não apenas um, como força o SIADAP”, disse João Ferreira, em resposta a uma questão colocada por um dos motoristas.
Durante o último mandato, a CDU apresentou várias propostas em defesa dos trabalhadores da CML, como a que procede ao levantamento das situações de especiais condições de exigência e desgaste físico na prestação do trabalho, que foi aprovada por unanimidade; e também uma moção contra as regras do SIADAP, que foi rejeitada pelo PS e os partidos de direita.
POR UMA LISBOA COM VIDA! PELO DIREITO À CIDADE!