Hoje em dia toda a gente está ciente que uma boa parte das doenças, nomeadamente as alergias, está relacionada com a poluição do ambiente em que vivemos, muito especialmente nos meios urbanos.
Há informações técnicas de que determinadas substâncias, predominantemente as orgânicas, se decompõem aceleradamente quando sujeitas a elevadas temperaturas, o que acontece quando depositadas em contentores de plástico colocados ao ar livre, nos quais a temperatura chega a ultrapassar os 60º C. Ora, sendo estes os contentores mais usados nos nossos centros urbanos, é oportuno colocar este assunto para reflexão deste executivo e sugerir que o mesmo seja rapidamente tratado, pois estamos próximos do verão em que se prevêem elevadas temperaturas que, de ano para ano, vão aumentando cada vez mais.
Há mais de quinze anos que a Câmara de Loures exigia que cada edifício projectado e construído em urbanizações do concelho destinasse um espaço fechado para guardar os contentores do lixo doméstico de cada proprietário que era o responsável pela sua contentorização, pela colocação do seu contentor na rua em dias certos e pela sua arrumação de novo na mesma casa do lixo. Por exemplo, no Jardim da Radial, ainda hoje, a maior parte cumpre com o que foi regulamentado sobre este tipo de contentorização. Mas outros há que deixaram de cumprir. Noutras urbanizações, em que existem estas casas do lixo, se não erramos, nas urbanizações da Ribeirada, da Quinta Nova, da Carochia, das Colinas do Cruzeiro, essa regulamentação nunca foi cumprida, e as casas do lixo foram desviadas para outros usos e os lixos domésticos são colocados na rua com todos os efeitos nefastos daí decorrentes, alguns deles já apontados.
Para além do tipo de contentorização e sistemas de recolha atrás referido, na mesma data foi implementada a contentorização e recolha de lixos domésticos porta a porta na maior parte dos bairros de vivendas, estabelecendo-se o mesmo procedimento para os respectivos proprietários. Aliás, naquela altura, este sistema foi considerado o sistema ideal e obteve-se o maior sucesso e os melhores resultados.
Há concelhos nossos vizinhos que implementaram sistemas de contentorização e regimes de recolha idênticos aos que atrás referimos.
Também é do nosso conhecimento que muitos concelhos do nosso país optaram por contentores subterrâneos para contentorizar os lixos domésticos, beneficiando o ambiente tanto em termos de qualidade do ar como de um impacto visual mais positivo.
Toda a problemática aqui exposta merece ser rapidamente estudada com o objectivo de se alterar a situação que temos. A contentorização que temos, a sua localização e a sua exposição não servem. É evidente que as soluções têm de passar por um diálogo sério com os SMAS, mas nós não podemos viver de costas voltadas quando sabemos que os serviços que os SMAS prestam são tão importantes e mesmo determinantes para a vida dos nossos munícipes.
Colocamos aqui estas nossas preocupações com a convicção de que a Senhora Presidente da Câmara não as considera simples retórica mas pelo contrário uma questão muito séria e muito importante para a saúde das populações do nosso concelho.
Odivelas, 26 de Abril de 2007
Os vereadores da CDU