A CDU sempre denunciou o “elefante branco” e a decisão do Governo, agora, em mandar encerrar o SATU O, só peca por tardia

Em 2001 a CDU votou contra o projecto. Desde essa altura, todas as deliberações tomadas tiveram o voto contra quer dos vereadores quer dos deputados eleitos na Assembleia Municipal de Oeiras. Na última campanha para as autárquicas, a CDU inscreveu no seu Programa Eleitoral, “Encerrar a empresa mista constituída entre a Câmara e uma empresa de construção do concelho para o SATU-Sistema Automático de Transportes Urbanos,
pois que, nos termos da legislação atual, ela tem que acabar e o SATU que encerrar, em virtude dos sucessivos prejuízos acumulados em todos os anos do seu funcionamento. Quando em Novembro do ano passado a Assembleia Municipal aprovava a extensão do “elevador deitado” até ao Cacém, Joaquim Cotas, líder da bancada CDU deixava clara a posição: «esta “telenovela” deve “ter um fim” e “continuar a pensar em levar o SATU até ao Cacém é uma utopia».

O Governo mandou extinguir a empresa, decisão que só peca por tardia.

Em Junho de 2013, os eleitos ainda em funções, fizeram distribuir às populações de Oeiras o seu documento “CDU PRESTA CONTAS”, de onde se extrai o seguinte texto:
«3 – SATU O – SISTEMA AUTOMÁTICO DE TRANSPORTES URBANOS DE OEIRAS

Em 27 de Setembro de 2001, a Câmara Municipal e a empresa Teixeira Duarte constituíram esta empresa municipal de capitais maioritariamente públicos, pois a Câmara possui 51% da empresa.
Começou a funcionar, numa primeira fase de 1,2 km, entre Paço de Arcos e o centro comercial Oeiras Parque, em 2004.
Foi sempre acumulando prejuízos, os quais ascendiam a cerca de 27 milhões de euros em 31 de dezembro de 2012.
Toda a gente vai dizendo, agora, que é preciso parar o SATU O, mas que o mesmo não para porque a Teixeira Duarte, que é minoritária na sociedade não quer…
O grupo do Isaltino e o PSD falam que o importante seria que os fundos comunitários apoiassem o prolongamento do SATU O até ao Cacém. Ao que dizem, esta “brincadeira” poderá custar cerca de 145 milhões de euros. Parece que se o dinheiro vier de “fora” todos os disparates serão permitidos…

A VERDADE É QUE, POR MUITO QUE SE VÁ DIZENDO QUE É O PRIVADO QUE TEM QUE SUPORTAR OS PREJUIZOS (COM O QUE ESTE NÃO CONCORDA), A RESPONSABILIDADE DA CÂMARA DE OEIRAS EM MAIS ESTE DESASTRE, ANDARÁ PELOS 13,5 MILHÕES DE EUROS.