Organizado pelo Sector Intelectual da DORL do PCP, teve lugar no dia 6 de Dezembro, na Biblioteca Nacional, uma sessão de homenagem ao escritor, professor, homem de Cultura, destacado militante comunista Urbano Tavares Rodrigues. Pretendeu-se, nesta longa jornada de evocação da vida e obra deste vulto cimeiro da Cultura Portuguesa do Século XX e XXI, salientar os aspectos fundamentais da sua vasta e poliédrica obra literária, do pedagogo influente, do militante interventivo e corajoso, fazendo-o através de testemunhos pessoais, de comunicações críticas de outros trabalhadores da escrita, de professores, de camaradas.
Um vasto e ecléctico painel de participantes, permitiu abarcar grande parte da produção e evolução literária de Urbano Tavares Rodrigues (mais de meia centena de livros publicados), do seu comprometimento cívico e político, que produziram intervenções de alto nível tanto nos aspectos crítico/ensaísticos sobre os diversos aspectos da sua obra ( géneros literários, a encruzilhada dos realismos, o neo-realismo, o existencialismo, o erotismo, o teatro), como no vasto campo dos afectos, da amizade, da camaradagem e da intervenção política.
Estiveram presentes, dando o seu precioso contributo para esta jornada evocativa, as seguintes personalidades da nossa vida cultural, política e académica: Ana Margarida de Carvalho (que coordenou os diversos painéis), José Manuel Mendes, em nome da APE, Modesto Navarro, Possidónio Cachapa, Nuno Júdice, João Marques Lopes, Maria Helena Serôdio, Miguel Tiago, Kelly Basílio, Armando Caldas, Cristina Almeida Ribeiro, Carmen Santos e Luís Lucas.
Antónia Dimas, Ana Margarida de Carvalho, Manuel Gusmão, Sérgio de Sousa e Domingos Lobo, para além de participações individuais, fizeram parte, em nome do PCP, da comissão organizadora do evento.
A Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, coube a intervenção final.
Nesta homenagem a Urbano Tavares Rodrigues não podia faltar a recordação desse mítico território, que atravessa grande parte da sua obra literária: o Alentejo. Esse espaço dos nossos mais sentidos afectos, esteve presente de forma impressiva através do Cante, expresso nas vozes do Grupo dos Mineiros de Aljustrel.