Rádios constitui mais uma afronta aos profissionais da comunicação
social. É um novo episódio na vaga de despedimentos, de aprofundamento
da precariedade e da desregulamentação das relações laborais. É
sintomático que, para além desta intenção de despedimento colectivo,
tenham sido conhecidos outros processos com o mesmo intuito num
conjunto de empresas, exactamente na semana seguinte ao último de três
processos eleitorais.
É inadmissível que o grupo Media Capital, que entre os anos de 2004 e 2008
acumulou mais de 89 milhões de euros de lucros e só no 1º semestre de
2009 já arrecadou mais de 9 milhões – tenha a intenção de despedir.
O PCP apela à luta dos trabalhadores contra este despedimento, e expressa a sua activa solidariedade!
A intenção de despedimento de onze trabalhadores da Media Capital
Rádios constitui mais uma afronta aos profissionais da comunicação
social. É um novo episódio na vaga de despedimentos, de aprofundamento
da precariedade e da desregulamentação das relações laborais. É
sintomático que, para além desta intenção de despedimento colectivo,
tenham sido conhecidos outros processos com o mesmo intuito num
conjunto de empresas, exactamente na semana seguinte ao último de três
processos eleitorais.
É inadmissível que o grupo Media Capital, o único que não
perdeu receitas com a publicidade – entre os anos de 2004 e 2008
acumulou mais de 89 milhões de euros de lucros e só no 1º semestre de
2009 já arrecadou mais de 9 milhões – tenha a intenção de despedir.
É tanto mais inaceitável tendo em conta que, há poucas semanas,
o director do Rádio Clube Português (RCP) anunciava na comunicação
social que a emissora ia “acentuar a notícia, o valor da proximidade e
trazer vida para a rádio”. Vítor Moura referiu que a equipa no RCP “é
pequena mas extremamente polivalente. Mais do que o número o que
importa é a qualidade de trabalho, que é óptima”.
Estas declarações atestam o carácter mercantilista desta
decisão. Não se pode pensar em fazer mais e melhor jornalismo
despedindo trabalhadores. O perigo de a empresa aprofundar a exploração
para níveis inaceitáveis da chamada polivalência – aproveitando as
condições propiciadas pelo Estatuto do Jornalista e pelo Código de
Trabalho – não deixarão de se repercutir na qualidade e pluralidade da
informação produzida e difundida.
A pressão que mais uma intenção de despedimento colectivo
coloca sobre os profissionais da comunicação social põe em causa o
livre exercício da profissão, com consequências inevitáveis para a
qualidade da nossa democracia.
O PCP, através da
Organização Regional de Lisboa, repudia o processo agora encetado tendo
em vista o despedimento colectivo de onze trabalhadores. Manifestamos,
desde já, toda a solidariedade com os trabalhadores da empresa, e em
especial com os visados da intenção de despedimento colectivo. Só a
luta, a união de todos dos trabalhadores deste sector, em torno das suas
organizações representativas e em defesa do direito ao emprego com
direitos, pode garantir uma informação livre, democrática e plural. Da
nossa parte, podem contar com toda a disponibilidade para ouvir e
intervir ao lado dos trabalhadores.
16 de Outubro de 2009