A Arquitectura tem sido nos últimos anos o parente pobre do desenvolvimento económico associado à especulação imobiliária. Se é verdade que por um lado e no pós-Troika aumentou a quantidade de trabalho disponível para os arquitectos, não é menos verdade que este aumento de trabalho foi feito com a manutenção e alargamento da precarização da profissão.
Salários baixos, falsos recibos verdes, contratos a termo sem justificação formal, bancos de horas ilegais ou horas extra não remuneradas, inexistência de formação profissional e a ausência de carreiras profissionais foram e continuam a ser a realidade da esmagadora maioria dos arquitectos que exercem a sua actividade como assalariados no sector privado.