Aumentos de até 25% nos preços dos transportes públicos: Um Roubo que terá como resposta a luta!

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O PCP, através desta declaração de Bruno Dias, e a FECTRANS/CGTP-IN através do comunicado que publicamos em “Ler Mais”, já reagiram ao brutal aumento de preços dos transportes públicos. Um aumento que é um roubo puro, um assalto aos trabalhadores e às populações, com o objectivo de prosseguir o saque para alimentar banqueiros e demais capitalistas e preparar a entrega dos transportes públicos à exploração capitalista. Um roubo que exige uma só resposta dos utentes e dos trabalhadores: a luta!

ww.fectrans.net
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 FECTRANS: Aumentar para privatizar

A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações considera que o anúncio de aumento médio de tarifas de transportes em 15%, é um roubo feito aos utentes, que merece uma forte resposta de indignação, daqueles que, pelas mais diversas formas, estão a ser espoliados, diariamente, de parte significativa dos seus salários.

Um aumento médio de 15%, significa que vão haver aumentos superiores a este valor e que são feitos com uma justificação falsa e insidiosa que pretende enganar os utentes acerca da verdadeira razão destes aumentos.

Dizer que os mesmos se devem situação das empresas públicas é uma falsa razão, porque se assim fosse não aumentavam as tarifas nas empresas privadas, porque qualquer aumento nestas empresas apenas serve para aumentar os lucros das mesmas e não tem qualquer incidência directa no Orçamento do Estado.

Os sucessivos governos, há cerca de 30 anos, têm passado responsabilidades suas para as empresas públicas que se viram obrigadas a endividarem-se para fazerem investimentos em infra-estruturas, para compra de material circulante que está a ser utilizado pelas empresas privadas e para poderem garantir preços sociais de tarifas, o que criou uma situação de endividamento com custos enormes para essas empresas, que têm obrigações anuais relativas ao custo da dívida superiores aos valores reais dos défices. No geral as empresas públicas pagam mais de juros todos os anos valores muito superiores ao que pagam de salários

A razão principal destes aumentos é a criação de condições atractivas para uma futura privatização das empresas públicas de transportes, a quem depois o Estado continuará a pagar as indemnizações compensatórias que hoje são negadas, no sentido de aumentarem os lucros dos grupos que se vierem apoderar deste importante sector de actividades e essencial ao desenvolvimento integrado do País. Relembramos o que se passou em 2010 com a FERTAGUS, que apresentou 4,1 milhões de lucros, mas que recebeu 9,7 milhões do Orçamento do Estado, isto apesar de praticar tarifas mais elevadas que a empresa pública.

Mas as medidas do Governo não se vão ficar apenas pelo aumento de tarifas. A redução de serviços vai ser outra frente em que irão actuar, assim como a irão tentar fazer a redução de trabalhadores, no fundo, irão desenvolver um conjunto de medidas que visam fazer recair sobre os utentes os custos das erradas políticas seguidas no sector dos transportes.

O aumento decidido agora Governo é contrário aos interesses do País, que, neste momento difícil que os portugueses vivem, necessitava de um incentivo à utilização do transporte público, que teria um menor custo energético, menores custos económicos e mais amigo do ambiente.

 

Nota Final de www.lisboa.pcp.pt: Contribuindo para esclarecer a verdade sobre a dívida das empresas públicas, sugerimos a leitura do Dossier que publicámos em Maio sobre “A dívida das Empresas Públicas de Transportes”