E se dissessemos: «O Secretário de Estado José Mendes está ao serviço da UBER, é pago por esta, recebendo avultadas quantias que deposita na Suiça. Tem ainda a promessa de vir a ser nomeado para trabalhar na UBER quando sair do Governo num cargo simbólico mas pelo qual será pago principiescamente. É por ser um individuo tão corrupto que, apesar de estar no Governo, defende publicamente uma actividade ilegal em Portugal em vez de combater essa ilegalidade e fazer aplicar as leis da República.»
Estamos certos que tais afirmações levariam o citado Secretário de Estado a protestar a sua veemente indignação. Mas não se poderia queixar. Estariamos simplesmente a aplicar-lhe a ele o mesmo princípio que ele aplicou aos taxistas na entrevista que deu hoje à Visão onde afirma: «Num táxi perguntam logo que caminho queremos seguir. A pessoa vacila e é automaticamente vigarizada. Isto generalizou-se.»
O Sector dos Transportes de Lisboa do PCP expressa a sua solidariedade com os taxistas ofendidos pelo Governo e pelo Secretário de Estado da UBER «José Mendes», que deveria rectificar as suas infelizes declarações. Já sobre o plano do Governo para legalizar a UBER e lançar o sector do táxi na insolvência a resposta tem que ser imediata e clara: a luta contra esse objectvo.