São muitos os trabalhadores que foram já avisados pelas chefias directas e chamados ao departamento de recursos humanos da NOS para serem “dispensados”. Leia-se despedidos.
Aos trabalhadores é referido que já não contam com eles para a estrutura da NOS, que a decisão é final e nem vale a pena tentarem negociar.
A empresa pretende, através da pressão e intimidação, que os trabalhadores assinem estes acordos, sem ter de fazer um despedimento colectivo, fugindo às suas responsabilidades e negando os mais básicos direitos dos trabalhadores.
Apesar de tentar desmentir este processo de despedimento colectivo, nos últimos dias têm sido dezenas os trabalhadores colocados nesta situação.
A “sangria” de trabalhadores foi inédita na empresa, muito maior que na prória fusão entre a Zon e Optimus, da qual origiou a NOS.
A NOS obteve no ano de 2024 lucros recorde: 273 milhões de euros. Mantém milhares de trabalhadores com vínculos precários, sub-contratados, alheando-se das suas responsabilidades sobre esses trabalhadores.
Os trabalhadores que estão a ser dispensados são, em muitos casos, trabalhadores com vínculo directo com a empresa (o que é raro!), trabalhadores qualificados e com vários anos na empresa.
Qual é o objectivo da empresa? Continuar a substituir trabalhadores com vínculo com a empresa, trabalhadores com vínculo efectivo, por trabalhadores sub-contratados, temporários, com vínculos precários?
Aumentar os seus lucros através do aumento da exploração, baixando o valor da mão-de-obra? Não estamos perante um sector em crise, os milhões de lucros assim o mostram!
Para o PCP esta situação é inadmissível. São dezenas de trabalhadores e famílias que ficam numa situação de instabilidade, gerando um impacto social e económico significativo.
É inadmissível que empresas como a NOS, com milhões de euros de lucros conseguidos a partir do esforço, dedicação e trabalho dos seus trabalhadores, continuem a tratar os trabalhadores como mera mercadoria, facilmente descartável a qualquer momento.
O grupo parlamentar do PCP questionou o Governo sobre os despedimentos na NOS.