A política do Roubo na PT!

Em tempos idos, à intimação “a bolsa ou a vida!”, entregava-se a bolsa
mas a vida, ainda que difícil (sempre difícil…), lá continuava. Entretanto o mundo mudou, tudo evoluiu, estamos na era da globalização,
etc e tal… e agora já não se ficam pela bolsa: sugam-nos a vida,
tentam destruir-nos os sonhos e roubar-nos a esperança! Mas a verdade é esta: nunca entregaremos o “ouro aos bandidos”! A actual situação no Grupo PT é um exemplo vivo da política do roubo.

A POLITICA DO ROUBO

Em tempos idos, à intimação “a bolsa ou a vida!”, entregava-se a bolsa mas a vida, ainda que difícil (sempre difícil…), lá continuava.

Entretanto o mundo mudou, tudo evoluiu, estamos na era da globalização, etc e tal… e agora já não se ficam pela bolsa: sugam-nos a vida, tentam destruir-nos os sonhos e roubar-nos a esperança!

Mas a verdade é esta: nunca entregaremos o “ouro aos bandidos”!

A actual situação no Grupo PT é um exemplo vivo da política do roubo.

Senão vejamos:

Esta Administração recorre aos mais diversos expedientes para não dar início às negociações salariais com os Sindicatos, como está obrigada a faze-lo.
 
Para alem disso, usa despudoradamente a comunicação social para fazer chantagem, usando os trabalhadores, os seus direitos e interesses, como moeda de troca na guerra da regulação, fazendo constar a sua disposição na continuação da politica de congelamento de salários, anunciando despedimentos em larga escala e generalizando a precarização no trabalho.

Em contra-ponto, os incomportáveis níveis da remuneração accionista, (como exigência dos grandes accionistas que se estão nas tintas para a Empresa e para os contributos das Telecomunicações para o desenvolvimento do País), atingem foros de escândalo e poderão comprometer planos de investimentos nas diversas infraestruturas, presentes e futuras, absolutamente indispensáveis.

Se a isto acrescentarmos as obscenas remunerações mensais dos Administradores da PT recentemente anunciadas, resulta claro que esta Administração está a praticar um acto de roubo – aos Trabalhadores e aos Clientes – senão de jure, pelo menos de facto, uma vez que quer negar aos trabalhadores a sua legitima parte na riqueza produzida, riqueza bem patente nos documentos vindos a público, relativos ao ano de 2007.

O TERRORISMO SOCIAL

Entretanto, o quotidiano dos Trabalhadores nas Empresas do Grupo PT torna-se insustentável.
As pressões a que estão a sujeitar as pessoas, estão no limite de legalidade.

Acontece de tudo: são as transferências abruptas entre Empresas do Grupo através das famigeradas cedências ocasionais, o volume de trabalho, os ritmos e os horários informais que aumentam, a aplicação de uma Avaliação de Desempenho viciada, etc… e tudo isto sempre sob a ameaça velada do tipo “ou aceitas ou sabes o que pode acontecer”…

Sobre os Programas de Reestruturação de Activos, note-se a falta de ética, transparência e consideração da Empresa para com quem passou uma vida a trabalhar aqui.
Pressiona-se, ameaça-se, exclui-se despudoradamente quem tenta resistir a estas saídas antecipadas, precipitadas e irreversíveis.
Redigem-se acordos de suspensão do contrato de trabalho/pré-reforma, impondo cláusulas abusivas: fazendo ali constar que estes acordos são da iniciativa dos trabalhadores, com dúbias interpretações sobre as formas de actualização das remunerações mensais, sobre diuturnidades, restringindo direitos de acesso a prestações da segurança social como o subsidio de doença e outros, fazendo caducar o acordo em caso de reforma por invalidez.

Tudo isto quando se sabe que não está vedado aos trabalhadores exercerem outra actividade durante o período da suspensão ou da pré-reforma. Todas estas cláusulas são passíveis de contestação judicial.

Que não tenha dúvidas o Sr. Granadeiro: não deixará saudades e não ficará certamente conhecido por cá, como a ‘Miss Simpatia”… Que goze tranquilamente a sua reforma dourada no novo cargo de “chairman”.

CÓDIGO DO TRABALHO, LIVRO BRANCO E FLEXIGURANÇA

Obviamente que o estado de degradação social e de total desrespeito pelos direitos consagrados na lei que se constata na Portugal Telecom e em muitas outras Empresas, só é possível pela situação politica que o País vive, pela natureza das politicas do actual Governo, que todos os dias são contestadas de Norte a Sul de Portugal.

Atente-se, por exemplo no projecto de revisão do actual Código de Trabalho, contido no Livro Branco das Relações Laborais.

Lembremo-nos que uma das promessas do actual Primeiro-Ministro e do PS, era expurgar do Código os aspectos mais gravosos.

Pois bem: o Governo do PS vem agora apresentar um conjunto de propostas que inequivocamente tornará o Código de Trabalho um instrumento precioso nas mãos do patronato que só sabe gerir empresas:

precarizando o trabalho
despedindo arbitrariamente por todas as razões e mais uma, sem justa causa e com toda as facilidades
impondo horários de trabalho desregulados
fixar remunerações a seu bel-prazer
transformar os trabalhadores pau para toda a colher
boicotar a Contratação Colectiva
difamar e perseguir dirigentes sindicais

Tais propostas visam ainda consagrar a famigerada Flexigurança, que não é mais do que a completa liberalização dos despedimentos sem justa causa, proibidos na Constituição da República Portuguesa.
 
É contra estas ideias extremamente retrógradas e limitadoras do exercício dos direitos sociais, laborais e de cidadania, que todos temos que nos insurgir.

É hora de impor ao Governo de Sócrates um posicionamento de afastamento claro e inequívoco das teses contidas neste Livro Branco.

É hora de exigir uma nova politica que tenha em conta o interesse nacional, os direitos dos trabalhadores, os interesses das populações e das regiões.

Uma verdadeira Politica de Esquerda!!