CT EDP Producção apoia Greve Geral

  Em Comunicado, diz a C T da EDP Produção: "Como Estrutura Representativa dos Trabalhadores, não podia deixar de tomar posição acerca da Greve Geral marcada para o dia 30 de Maio, com a qual concorda, e pelas razões abaixo referidas."

 

Ainda que na nossa empresa não sejam, ainda, visíveis a precariedade no trabalho, a insegurança e o desemprego, a revisão de matérias do ACT que agora começa exige uma atenção redobrada de todos os trabalhadores do Grupo EDP em geral e da EDP Produção em particular, porque tudo aponta para que seja o inicio de uma nova era, onde a vontade de quem manda se sobrepõe ao que está legalmente estabelecido.

Com as alterações propostas pela nossa empresa, o ACT vai passar a contemplar a instabilidade nas funções de cada trabalhador, que passa a ser “pau para toda a obra”; ao rever os regimes e situações de trabalho promove a insegurança; a mudança nos enquadramentos e carreiras profissionais, juntamente com a adequação do ACT ao Código de Trabalho trará a precariedade, sem esquecer as alterações, mais penalizantes, ao complemento de reforma resultantes da nova Lei da Segurança Social, para além das prometidas reduções de benefícios no âmbito da saúde, subsídios e de outros aspectos, cujo resultado final se traduzirá numa perda de direitos sem nenhuma contrapartida.

Ao agir desta forma, o Grupo EDP mais não faz do que seguir a moda dominante, no que ao cercear dos direitos dos trabalhadores diz respeito. Para a nossa empresa, e seguindo a linha de orientação governamental, quem trabalha deve ter o mínimo de direitos e o máximo de obrigações; deve trabalhar muito e receber o menos possível. Para a nossa empresa, que apresenta lucros astronómicos, o accionista vem sempre em primeiro lugar e o trabalhador, que é quem produz a riqueza, fica com as migalhas.

Para o governo, os trabalhadores ganham demais, têm regalias exageradas e, por isso, são os grandes responsáveis pela não competitividade das empresas.

Como solução apresenta o conceito da flexisegurança, com a qual torna os despedimentos sem justa causa e a desregulamentação do trabalho como regra em vez de ser a excepção, acentuando as desigualdades já existentes.

Porque assistimos a um ataque generalizado aos direitos dos trabalhadores, arduamente alcançados, a Comissão de Trabalhadores da EDP Produção exorta todos os trabalhadores a aderir à Greve Geral de dia 30 de Maio porque só desta forma mostraremos o quanto estamos empenhados na defesa do nosso ACT.

A COMISSÃO DE TRABALHADORES DA EDP PRODUÇÃO

Lisboa, 21/05/07