O I Congresso da Internacional Comunista realizou-se em Moscovo de 2 a 6 de Março de 1919. Nos trabalhos do congresso participaram 52 delegados de mais de 30 partidos, grupos e organizações comunistas e socialistas. As teses e o relatório de Lénine acerca da democracia burguesa e da ditadura do proletariado ocuparam um lugar central nos trabalhos do congresso, o qual expressou unimemente a sua solidariedade com as teses de Lénine e tomou uma decisão sobre a ampla difusão das mesmas nos diferentes países. Em 4 de Março foi aprovada a plataforma da Internacional Comunista, cujas teses principais se reduziam ao seguinte: inevitabilidade da substituição do regime social capitalista pelo regime comunista; necessidade da luta revolucionária do proletariado pelo derrubamento dos governos burgueses; destruição do Estado burguês e sua substituição por um Estado de novo tipo, um Estado do proletariado, do tipo dos sovietes, que garantisse a passagem à sociedade comunista. Entre os documentos do congresso teve uma grande importância o manifesto ao proletariado de todo o mundo, no qual se indicava que a Internacional Comunista era a herdeira das ideias de Marxe Engels expressas no Manifesto do Partido Comunista. O congresso exortou os operários de todos os países a apoiarem a Rússia soviética, exigiu a não ingerência da Entente nos assuntos internos da república soviética, a retirada das tropas dos intervencionistas do território da Rússia, o reconhecimento Estado soviético, o levantamento do bloqueio económico e o restabelecimento das relações comerciais.