12 – O CAMPO SOCIALISTA

A União Soviética saiu do conflito como o grande responsável pela vitória. O Povo Soviético, o PCUS e Stalin conquistaram um enorme prestígio aos olhos das massas trabalhadoras e povos do mundo. Os comunistas haviam desempenhado, em cada país, o papel de vanguarda na promoção da luta e unidade anti-fascista. Estava aberto o caminho para um ascenso sem precedentes na luta pelo socialismo.
Na Europa Oriental surgiram os regimes de democracia popular sob hegemonia comunista. Transformações socialistas que beneficiaram sem dúvida da ajuda propiciada pela libertação soviética, mas só possíveis pela real (ainda que diferenciada de país para país) influência de massas dos comunistas e seus aliados.
Na China, a luta armada continuou até 1949, opondo o Exército Vermelho sob direcção comunista a Chiang Kai-Shek apoiado pelos EUA. O triunfo do Exercito Vermelho colocou a mais populosa nação da Terra rumo ao socialismo. No Vietname o povo prosseguiu em armas, lutando contra o colonialismo francês e depois contra o neocolonialismo americano até 1975. Na Coreia, as guerrilhas anti-nipónicas levaram a uma democracia popular na parte norte.
Criou-se assim o Campo Socialista. Um conjunto de países, com um terço da população mundial, assumia a experiência de construção de uma sociedade nova.
Nos países que permaneceram no campo capitalista, este ascenso fez-se sentir igualmente: O PC Itália atinge os 30%, o Francês 27%. Os sindicatos iniciam uma nova fase de expansão.
Em 1948 a imensa Índia sacode o domínio britânico. As lutas patrióticas ganham nova força em Africa e no Mundo Árabe. Ainda que os comunistas não fossem a força principal nestes movimentos, em todos se fazia sentir o impulso do ascenso socialista. A luta pelo socialismo e a luta anti imperialista convergiam num mesmo sentido