19 de Maio de 1954. Os operários agrícolas de Baleizão estão em greve, reivindicando melhores jornas para matar a fome. A unidade é total, ninguém trabalha na terra baleizoeira. Um agrário contrata um rancho em Penedo Gordo e mal chega a Baleizão a notícia de que o rancho começou a trabalhar, todos se dirigem em massa para a seara. O entendimento foi fácil e os de Penedo Gordo largam o trabalho. O agrário chama a GNR que, com a ameaça das armas, obriga o rancho a retomar o trabalho. Os trabalhadores de Baleizão voltam à seara para falar de novo aos seus companheiros de trabalho. A GNR impede-os. Conseguem impor que uma delegação de mulheres vá falar com o rancho. Catarina integra essa delegação. Um tenente da GNR – Carrajola – interpela a valente camponesa apontando-lhe uma pistola-metralhadora. E dispara. Catarina era militante comunista. Tinha 29 anos. Deixou três filhos órfãos. O quarto, que trazia no ventre, foi assassinado com ela. |
Para aprofundar o tema:
- Álvaro Cunhal, Maio 74, Catarina Morreu como Deve Saber Morrer um Comunista
- Catarina Eufémia – Artigo no Militante 172 de 1989
Próximo Painel: 35 – Ilegalização do MUD Juvenil