O Estado português não se pode dar ao luxo de gastar todos os anos, só em juros da dívida, quase tanto ou mais do que gasta com a saúde ou com a educação dos portugueses. E ainda por cima para chegar ao final do ano e constatar que a dívida pública ficou praticamente na mesma. Isto é deitar dinheiro para um poço sem fundo.
Nem se reduz significativamente a dívida, nem se investe no País e no seu povo. A dívida tornou se simplesmente um mecanismo de extorsão de recursos públicos e nacionais, sobretudo para o estrangeiro, que se perpetua, quando não se agrava. Os trabalhadores, a população e o País sacrificam-se a pagar uma dívida que é impagável, o problema repete-se de ano para ano e quem ganha são aqueles que especularam com os títulos da dívida, como os bancos e os fundos de investimento, ou que se aproveitaram das debilidades do País, como os credores da troika.