Oeiras luta e resiste!

A União dos Sindicatos de Lisboa – CGTP-IN (USL) realizou ontem uma marcha de indignação e protesto na zona industrial do concelho de Oeiras.

 

 

Teve início junto à fábrica da IBERFAR e terminou junto ao restaurante O Casarão. Esta acção, tal como as que se têm vindo a realizar nos concelhos do distrito de Lisboa, teve como objectivo dar a resposta necessária à política de direita praticada pelo Governo. Inserida na Semana de Luta convocada pela CGTP-IN esta acção foi ao encontro dos trabalhadores do concelho e das suas populações que sofrem com esta política. Em Oeiras são bem visíveis os resultados desta política com mais de 8.450 desempregados inscritos no Centro de Emprego do Concelho (mais de metade dos quais sem subsídio de desemprego). Só no primeiro semestre deste ano entraram em processo de insolvência 182 empresas. Em 3 anos, perto de 10.000 crianças do concelho perderam o abono de família. Em apenas 1 ano, 13,5% perderam o Rendimento Social de Inserção, num momento em que esta prestação é mais necessária do que nunca. Mais de um quinto dos trabalhadores do concelho tem um contrato de trabalho precário. Entre 2005 e 2011 o número de estações de correio no Concelho diminuiu em 23,5%. A USL ao lado dos trabalhadores e do povo luta pelo direito à mobilidade e por transportes públicos de qualidade e contra a privatização da Linha de Cascais (infra-estrutura pública estratégica para o concelho e populações).

O País precisa de outra política! Uma política que rompa com a “austeridade “, a recessão económica, a exploração e empobrecimento, o país exige uma política que coloque a economia ao serviço da população e do desenvolvimento social.

Uma política que assegure o aumento dos salários, designadamente do Salário Mínimo Nacional, num quadro de dignificação do trabalho e dos trabalhadores. Uma política que garanta a criação de emprego estável e de qualidade, o direito ao trabalho, e ao trabalho com direitos, a fixação das gerações mais jovens e qualificadas no seu país e nas suas regiões.

Artigo retirado do sítio na Internet da União de Sindicatos de Lisboa / CGTP-IN (ler a resolução aprovada)