A poucos dias da realização da Marcha Nacional “A força do Povo” todos à rua por um Portugal com futuro, os elementos de mobilização conhecidos permitem concluir não apenas pelo êxito que esta acção constituirá, mas também pela convicção de que ela se traduzirá na realização de uma das maiores iniciativas com estas características alguma vez realizadas no País.
A Comissão Política do Comité Central do PCP reafirma que a Marcha do próximo sábado pode e deve constituir um momento de mobilização de todos quantos têm sido atingidos nos seus direitos e dignidade pela política de direita; de todos quantos não se conformam com o rumo de exploração e empobrecimento a que querem condenar o Pais, de todos quantos querem condenar o actual governo e a sua maioria; de todos quantos lutaram e lutam em defesa dos serviços públicos, pelos direitos à saúde e à educação, ao emprego, ao salário, à pensão de reforma, aos apoios às crianças e jovens; de todos os que dão valor ao trabalho, honestidade e competência e não aceitam a corrupção e a degradação do País; de todos quantos não se conformam com a vergonhosa submissão externa do País e não aceitam que seja a senhora Merkel ou o directório de potências da União Europeia a ditar a política nacional.
Muito para lá da CDU, dos militantes e activistas dos partidos que a integram, dos milhares de homens e mulheres sem filiação partidária que intervêm na Coligação Democrática Unitária, a Marcha será um momento de convergência dos trabalhadores e do povo, de afirmação de confiança num Portugal com futuro.
Pelas centenas de milhares de contactos estabelecidos, pela forma e diversidade das linhas de mobilização em curso, pelas dezenas de milhares de homens, mulheres e jovens já confirmados, pela presença garantida de milhares de participantes sem filiação partidária, entre eles dezenas de personalidades que já fizeram questão de apoiar publicamente e apelar à participação na Marcha – a Comissão Política do Comité Central do PCP considera que estão criadas as condições para que a Marcha Nacional no próximo dia 6 de Junho, do Marquês de Pombal para os Restauradores, seja uma poderosa afirmação da força do povo, uma histórica jornada de afirmação de ruptura com a política de direita e de exigência de uma política alternativa patriótica e de esquerda.
Num momento em que os partidos da troika nacional – PS , PSD e CDS – se reúnem para definirem e tornarem públicas as suas estratégias para que, com esta ou aquela diferença de estilo ou ritmo prosseguirem as linhas fundamentais que conduziram o País ao declínio, a adesão e participação na Marcha Nacional assume-se como um poderoso sinal de condenação para todos aqueles que, no plano nacional e internacional, têm submetido Portugal ao empobrecimento e ao declínio.
A Comissão Política do Comité Central do PCP apela para que os democratas e patriotas convirjam, se mobilizem e mobilizem outros, se juntem aos militantes comunistas, ecologistas e tantos outros sem filiação partidária, numa grande demonstração de indignação e protesto, mas acima de tudo numa grandiosa afirmação da Força do Povo, das soluções para o País e que está nas suas próprias mãos a concretização de um Portugal com futuro, vinculado aos valores de Abril.
Comissão Política do Comité Central do PCP, 03.06.2015